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'Fomos além daquilo que somos obrigados a fazer', diz Bolsonaro sobre AM

Publicado em: 27/01/2021 21:31

 (Foto: Arquivo/AFP)
Foto: Arquivo/AFP
O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que o governo federal fez o máximo que podia para tentar contornar os efeitos da pandemia de Covid-19 no Amazonas, que provocou um colapso na rede de saúde do estado neste início de 2021, com o desabastecimento de oxigênio medicinal e superlotação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Ao conversar com apoiadores na noite desta quarta-feira (27), ele disse que sobre "a questão lá de saúde, nós demos dinheiro, recursos e meios". Ele alegou que não foi informado por nenhuma autoridade local sobre a redução do estoque de oxigênio e ainda reclamou que os governantes amazonenses deveriam ter se antecipado ao Executivo federal e feito algo para controlar a situação antes.

"Não fomos oficiados por ninguém do Estado na questão do oxigênio. Foi naquela... Uma sexta-feira, a White Martins. Na segunda-feira, estava lá o ministro (da Saúde, Eduardo Pazuello). Atualmente, está equalizada a questão do oxigênio lá. Agora, lá no Estado tem que ter gente para prever quando vai faltar uma coisa ou não para tomar providência. Nós aqui fomos além daquilo que nós somos obrigados a fazer", disse o mandatário.

Bolsonaro lamentou a situação na unidade da Federação, mas reforçou que o governo federal está agindo para contornar a crise. "Nós estamos fazendo o máximo. A Aeronáutica entrou de sola. Transportamos de balsa cilindros de oxigênio. Foram seis caminhões pela BR, se eu não me engano. Agora, a gente lamenta o ocorrido."

Intervenção

O presidente foi questionado por um apoiador se pensa em decretar uma intervenção federal no serviço de saúde do Amazonas para que a administração do Palácio do Planalto possa controlar as ações, mas respondeu que só fará isso se houver alguma solicitação do governo amazonense. "Não vou tomar iniciativa. Primeiro, o governo do estado tem que nos comunicar nesse sentido pedindo. A gente analisa e vê se intervém ou não."

O mesmo homem, depois, reclamou que o governo do Amazonas estaria se opondo à "profilaxia" indicada por Bolsonaro à Covid-19, que seria o tratamento precoce com remédios sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus, como ivermectina e hidroxicloroquina. Prontamente, o presidente desmentiu o apoiador.

"Não. Olha só, a profilaxia a gente não indica. A gente sugere, deixando bem claro. O médico, né? O médico que decide na ponta da linha se aplica ou não. Como não tem um remédio específico para isso, muitos médicos adotam ivermectina, hidroxicloroquina. E nós seguimos até um parecer do Conselho Federal de Medicina dizendo que o tratamento off label tem que ser respeitado."
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