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Operação First Line

Três toneladas de produtos falsificados são apreendidos e quatro suspeitos são presos, em Boa Viagem

Publicado em: 02/12/2020 12:42 | Atualizado em: 02/12/2020 19:58

 (Produtos falsificados apreendidos pela PCPE durante a operação First Line. Foto: Divulgação/PCPE)
Produtos falsificados apreendidos pela PCPE durante a operação First Line. Foto: Divulgação/PCPE
Aproximadamente três toneladas de produtos falsificados de marcas internacionais reconhecidas foram apreendidos pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), na operação “First Line”, deflagrada na terça-feira em parceria com a Receita Federal e a Delegacia do Consumidor (Decon). A ação teve como alvo uma loja localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, que comercializava peças, como  roupas, tênis, bolsas e carteiras falsificados utilizando o sobrenome de marcas como Armani, Lacoste, Nike, Adidas e Calvin Klein. Segundo a PCPE, a quantidade de produtos apreendidos ultrapassa os R$ 500 mil.

A ação resultou na prisão em flagrante de quatro indivíduos, entre eles os dois proprietários da loja e duas pessoas que atuavam como gerentes do estabelecimento. O quarteto irá responder por crimes contra a marca e concorrência desleal, associação criminosa, crimes contra o consumidor, fraude no comércio, crimes contra as relações de consumo e receptação qualificada.

Ao longo da operação, detalhada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (2), em coletiva de imprensa, toda a mercadoria contrafeita na loja foi apreendida, inclusive os produtos contidos em estoque, que funcionava em cinco salas de um empresarial localizado ao lado do equipamento. Além da loja física, as vendas também eram realizadas através das redes sociais.

A delegada do Decon responsável por conduzir a operação, Thaís Galba explicou como a investigação foi iniciada. “Nossa investigação partiu de algumas denúncias que recebemos, do ponto onde a loja está situada. Quando chegamos ao local, verificamos uma loja com uma quantidade muito grande de produtos contrafeitos sendo expostos à venda, boa parte dos produtos de marcas internacionais. Marcas, inclusive, muito caras sendo vendidas por preços ínfimos. A desproporção de preço do que estava sendo ofertado e do que se encontra no produto original é muito grande. Produtos que nem entraram no mercado brasileiro ainda estavam falsificados e sendo comercializados”, detalhou. 

Além das denúncias, a desproporcionalidade dos preços das mercadorias foi ponto que chamou atenção da polícia. A delegada cita como exemplo produtos de uma marca italiana vendidos por R$ 140, quando o preço original de comercialização custa em média R$ 7 mil.

Estiveram envolvidos na operação oito policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além de quatro servidores da Receita Federal, entre auditores e analistas.

O auditor da Receita Federal, Gustavo Medeiros, explica que o estabelecimento já vinha sendo observado há sete meses. Ele indicou os prejuízos decorrentes da venda ilegal de produtos. “O primeiro prejuízo é a saúde do consumidor. Segundo, é prejudicial à indústria nacional e até ao investimento da indústria internacional no Brasil, uma vez que suas marcas estão sendo falsificadas”, explanou.

Com relação a origem dos materiais falsificados, o auditor completou. “A maioria desses produtos são reputados como tendo vindo de fora (do país), até porque a maioria da inscrição deles consta como: feitos na China, Vietnã ou não constam procedência”. No entanto, Medeiros afirma que parte das mercadorias também são produzidas no Brasil com matérias primas oriundas do exterior.

O estabelecimento não foi interditado, mas está fechado pela ausência de mercadoria. Os produtos remanescentes do showroom da loja foram mantidos, segundo a polícia, por serem mercadorias nacionais com nota fiscal. 
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