Finados
Reeducandos realizam trabalhos nos cemitérios do Recife
Publicado em: 30/10/2020 21:22
Reeducandos no Cemitério de Santo Amaro (Foto: Divulgação) |
Com mão de obra de reeducandos, os preparativos para o Dia de Finados, comemorado nesta terça-feira (2), seguem nos cemitérios do Recife. Um grupo de 82 reeducandos do regime aberto, sendo 17 mulheres, têm reforçado os serviços nas áreas administrativa, de limpeza e manutenção, nos cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores, Várzea, Casa Amarela e Tejipió. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb).
Os 67 egressos são responsáveis pela varrição, limpeza, capinação, pintura e jardinagem. Já para as atividades administrativas, como atendimento ao público, as necrópoles contam com 15 reeducandos. O grupo é acompanhado pelo Patronato Penitenciário, órgão de execução penal da SJDH, que, além de viabilizar vagas de trabalho e cursos profissionalizantes, oferece assistência psicossocial e jurídica.
Por conta da pandemia do Covid-19, os cemitérios da cidade adotaram medidas de prevenção contra o vírus. Será permitida apenas a entrada de visitantes portando máscaras faciais e nos acessos aos cemitérios será disponibilizado álcool em gel para higienização das mãos.
De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, oportunizar uma vaga de emprego é um meio para mudar de vida dessas pessoas já muito estigmatizadas e diminuir a reincidência criminal no Estado. "Os reeducandos estão transformando suas vidas através do trabalho. É importante quebrar o preconceito e abrir as portas para a ressocialização”, completa.
Atualmente, cerca de 1.200 reeducandos do regime aberto estão trabalhando em Pernambuco. Eles são remunerados com um salário mínimo, alimentação e transporte, conforme a Lei de Execuções Penais.
Para a reeducanda Cássia Fernandes, de 33 anos, que colabora no administrativo do cemitério de Santo Amaro, o trabalho surge como uma nova chance. “É uma forma de me reintegrar na sociedade. O pessoal aqui não tem preconceito, sou tratada como igual”, finaliza.
Os trabalhadores recebem equipamentos de proteção individual, passam por capacitação e orientação antes de começar a atuar. “É um trabalho que tem contribuído para ressocialização, além de garantir uma renda para que eles possam ajudar suas famílias”, é o que diz o gerente geral de cemitérios da Emlurb, Luciano Nascimento.
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