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Indústrias de PE abrem espaço para mão de obra de reeducandas

Publicado em: 21/10/2020 17:10 | Atualizado em: 21/10/2020 17:28

 (Foto: Ray Evllyn/Divulgação)
Foto: Ray Evllyn/Divulgação
A oportunidade de se ressocializar e voltar ao mercado de trabalho é oferecida por empresários a mulheres reeeducandas do regime aberto ou livramento condicional de Pernambuco. A fábrica de bicicletas Zummi e a indústria Indapol, de artigos para festas, são  exemplos de empresas parceiras do setor de empregabilidade do Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). Juntas, empregam 33 mulheres.

Na produção e montagem das bikes, estão 15 reeducandas que produzem modelos de carga, passeio e de competição. Elas atuam ainda nos setores de venda, atendimento ao cliente (SAC) e na loja de fábrica, localizada na Avenida Dantas Barreto, área central do Recife. Antes de assumirem as funções, elas passam treinamento.

Na Indapol, as reeducandas trabalham fazendo forminhas coloridas, de vários tamanhos e modelos. Os artigos para festas são produzidos e embalados por 18 mulheres. Elas ajudam na produção e embalagem de 160 mil formas por mês. "Preferimos as reeducandas, pois nossas peças têm muitos detalhes de acabamento e elas realizam com paciência", afirma o proprietário da empresa, Wagner Barros.

Atualmente, 1.240 reeducandos do regime aberto estão trabalhando no estado, sendo 215 do sexo feminino. Pelo trabalho, as reeducandas são remuneradas, de acordo com a Lei de Execuções Penais, com um salário mínimo (R$ 1.045); alimentação e transporte. Já os empresários têm uma economia de 40% nos encargos trabalhistas.

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, um terço do público feminino do Patronato Penitenciário está empregado.  "As mulheres têm menos rotatividade no emprego; são comprometidas e isso facilita bastante na hora de empregá-las.  Nesse contexto, mudar a vida dessas pessoas e, além disso, trazer produtividade para o empresário é a tônica do nosso trabalho", diz.
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