Glenn Greenwald diz que artigo sobre Biden foi censurado e pede demissão
Publicado em: 29/10/2020 17:21
Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados |
Co-fundador do Intercept, o jornalista Glenn Greenwald pediu demissão do site nesta quinta-feira (29). A decisão, segundo ele, se deu por conta de uma incompatibilidade ideológica com o restante da equipe sobre uma reportagem a respeito do candidato à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden.
Glenn afirma que, em meio às eleições norte-americanas, seu artigo foi censurado por conter "sessões críticas" ao candidato democrata e seu filho, Hunter Biden. Ainda de acordo com o jornalista, a recusa se deu por conta do veemente apoio dos demais editores do Intercept à campanha do ex-vice-presidente dos Estados Unidos.
"O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden. Não contentes em simplesmente impedir a publicação deste artigo no meio de comunicação que eu co-fundei, esses editores da Intercept também exigiram que eu me abstivesse de exercer um direito contratual de publicar este artigo em qualquer outra publicação", escreveu Gleen.
No texto, o jornalista também afirmou que não desistiu de divulgar o artigo e que vai publicá-lo no site Substack, mesma plataforma em que anunciou sua saída do Intercept. Glenn também citou que não tem problemas por discordar dos editores politicamente. Mas queria que o site publicasse textos com opiniões diferentes e desse liberdade para os leitores decidissem quem está certo.
"A iteração atual do The Intercept é completamente irreconhecível quando comparada com a visão original. Em vez de oferecer um local para a discordância, para vozes marginalizadas e para perspectivas desconhecidas, está rapidamente se tornando apenas mais um meio de comunicação com lealdades ideológicas e partidárias obrigatórias", afirmou Glenn, entre outras críticas, sobre problemas recentes.
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