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Pandemia

Muito movimento e pouca proteção na Ilha de Itamaracá

Publicado em: 24/09/2020 16:02

Banhistas resiste ao uso da máscara na faixa de areia. (Foto: Peu Ricardo/DP.)
Banhistas resiste ao uso da máscara na faixa de areia. (Foto: Peu Ricardo/DP.)
A Praça do Pilar, localizada na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado, voltou a ter movimentação intensa de pedestres e motoristas. Localizada no centro do município, a praça concentra ambulantes, comércio e ponto de transporte complementar em torno da Paróquia Nossa Senhora do Pilar. O movimento havia diminuído em meio às restrições de acesso à ilha por conta da pandemia do novo coronavírus.

A entrada ficou restrita apenas a moradores e durante quatro meses foi feita uma barreira sanitária na Ponte de Itamaracá e nos pontos de desembarque fluvial. Com a aproximação do fim de semana, muita gente resolveu aproveitar a praia na manhã desta quinta-feira (24), mas nem todos usavam máscara.

Vanessa Costa, de 19 anos e Ícaro Ribeiro, 21, visitaram a ilha pela primeira vez. "Eu moro em Cruz de Rebouças e ele no Janga, mesmo sendo próximo, nunca tínhamos vindo na praia. Viemos passar o fim de semana em uma casa no Pilar e estamos adorando conhecer", comenta.

A abertura das praias e o retorno das atividades econômicas animou quem vive do comércio. Samuel Aragão, 57, vende peixes há mais de 10 anos e conta que a procura está aumentando. "Por ser venda de alimento, eu não precisei fechar a peixaria, mas agora que está começando a aquecer. Os turistas estão chegando, os próprios moradores também estão comprando mais", observa.

Passageiros ficam aglomerados durante embarque e desembarque dos ônibus. (Foto: Peu Ricardo/DP.)
Passageiros ficam aglomerados durante embarque e desembarque dos ônibus. (Foto: Peu Ricardo/DP.)

Apesar de ter seguindo na contramão da Região Metropolitana do Recife e atrasado a reabertura cerca de um mês após a liberação do Governo do Estado, a percepção dos moradores é de que dentro do município o distanciamento e a obrigatoriedade do uso da máscara não foram cumpridos. As paradas de ônibus estavam cheias nesta quinta e no momento de embarque e desembarque havia tumulto de passageiros.

"A prefeitura proibiu o visitante de entrar, mas aqui na cidade, principalmente na praça, tinha som de noite e gente provocando aglomeração. A feira mesmo sempre ficou cheia. E, infelizmente, nem todo mundo usa máscara", relata a costureira Eneide Câmara, 62. Durante o período de mais restrição no município, ela precisou se reinventar para continuar trabalhando. "Comecei a fazer máscaras de tecido e colocar para vender nas bancas. É o que está sustentando até hoje", conta.

Para reforçar a importância do uso da máscara, a Prefeitura afirmou que está realizando uma ação itinerante em vários bairros da Ilha. Equipes da Secretaria de Saúde oferecem dicas de prevenção, orientam sobre a lavagem correta das mãos, dos alimentos, e fazem a aferição de pressão e temperatura. Caso estejam apresentando sintomas, moradores, veranistas e turistas, passam por uma triagem e fazem teste rápido para Covid-19. O resultado é entregue entre 10 a 15 minutos.
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