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Mendonça Filho critica gestões do PSB por queda de renda do trabalhador no estado

Publicado em: 21/09/2020 20:23

 (Mendonça Filho disputa a Prefeitura do Recife pelo DEM. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Mendonça Filho disputa a Prefeitura do Recife pelo DEM. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O candidato a prefeito do Recife, Mendonça Filho (DEM), utilizou os dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontou que a renda do trabalhador caiu 29,5% no Recife e 26,9% em Pernambuco, durante a pandemia da Covid-19, para criticar as administrações do PSB no estado. “Isso é o retrato da gestão do PSB, tanto no Recife quanto em Pernambuco", definiu o democrata. 
 
Ele disse, ainda, que "o Recife se tornou a capital do desemprego no Brasil desde 2019 e esse levantamento só confirma a falta de políticas de empregabilidade e o descaso com o trabalhador, já massacrado por altas taxas, impostos e multas. Sabiam que a pandemia iria atingir o mercado de trabalho e não fizeram nada para proteger os trabalhadores”, pontuou Mendonça Filho. Os percentuais, conforme destacou a assessoria do candidato, foram as maiores quedas entre todas as capitais e estados do Brasil, segundo a FGV.
 
De acordo com a equipe do candidato, o resultado desastroso é fruto da pesquisa   “Efeitos da Pandemia no Mercado de Trabalho Brasileiro: desigualdades, ingredientes trabalhistas e o papel da jornada”, coordenada pelo economista Marcelo Neri, da FGV, e que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), considerando trabalhadores formais, informais e desocupados, durante os últimos seis meses do isolamento social causado pela Covid-19. 
 
Com a baixa empregabilidade, houve um aumento considerável da informalidade e as pessoas tiveram que se reinventar para conseguir sobreviver. Ou seja, um quadro de recessão excludente, cuja renda cai para todos, mas com mais força para os mais pobres.  A análise da FGV apontou que a queda na renda média do trabalhador brasileiro atingiu 20,1% e o principal vetor foi a diminuição na jornada de trabalho média, de 14,34%, enquanto a taxa de ocupação caiu 9,9%.
 
Em valores, isso equilaveu a uma redução de R$ 1118 para R$ 893. As mulheres foram as que mais sentiram o baque no período, com queda de 20,54% na renda, contra 19,56% de redução dos homens. A metade mais pobre da população perdeu 27,9% (de R$ 199 para R$ 114) e os 10% mais ricos 17,5% (de R$ 5.428 para R$ R$ 4.447). Os principais grupos que perderam renda foram: indígenas (28,6%), anafalbetos (27,4%) e jovens entre 20 e 24 anos (26%).
 
No texto enviado à imprensa, a equipe da campanha de Mendonça fez questão de ressaltar que o levantamento constatou, ainda, que o cenário não foi ainda mais grave por conta de medidas adotadas pelo Governo Federal, como a suspensão dos contratos de trabalho parcial ou total, assim como o Auxílio Emergencial criado para socorrer a camada mais carente da população brasileira, pago entre R$ 600 e R$ 1.200, que ajudou milhões de trabalhadores a se manterem ativos. 
 
No entanto, o documento alerta que os contrates sugerem que quando a pandemia acabar, atraves do “efeito anestesia” do benefício pago, a situação social pode piorar muito se os resultados trabalhistas nao forem revertidos.
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