Camaragibe anuncia fim de atividades em lixão
Publicado em: 25/09/2020 14:28 | Atualizado em: 25/09/2020 14:39
Foto: Divulgação |
Ao todo, o lixão do município ocupa uma área de 12,47 hectares.“O fechamento do lixão é extremamente importante para Camaragibe. Nós somos o único município da Região Metropolitana do Recife com lixão ainda não desativado, descumprindo a Lei do Resíduo Sólido e desobedecendo ao prazo estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para fechamento, encerrado em 2014”, disse a secretária de Infraestrutura e Serviços Públicos de Camaragibe, Eryka Luna. Ainda de acordo com a secretária, o município chegou a acumular multas ambientais, expedidas pela CPRH, por ter o lixão ainda em funcionamento. “Existia multa até de R mil. Precisávamos realmente dar um basta nesta situação”, afirmou.
A partir da data de fechamento, as 190 toneladas de lixo produzidas por dia pela população de Camaragibe serão destinadas à Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Igarassu, que venceu a licitação aberta este ano. Para a utilização do espaço, foi necessária a realização de um projeto técnico para uma estação de transbordo, na qual os caminhões pequenos da cidade passam seus volumes às carretas e as mesmas levam os resíduos ao CTR - já que a Central encontra-se a certa distância de Camaragibe.
Além da irregularidade funcional do lixão, no local há hoje cerca de 90 catadores e, junto a eles, crianças, que se submetem à insalubridade do local para trabalhar. “Uma boa parte desses catadores, que entendem a necessidade do fechamento do lixão e querem novas oportunidades de trabalho, nós iremos trazer para que trabalhem na limpeza urbana do município; outros, dependendo da escolaridade, estamos buscando oportunidades de estágio, emprego” explicou o secretário de desenvolvimento econômico, Maurivan Tenório.
O Lixão de Céu Azul recebe, desde 1991, todo o lixo produzido pela cidade, entre resíduos domiciliares, volumosos (entulhos) ou de podação. Em 2006, o local chegou a ser transformado em aterro controlado e os catadores que ali trabalhavam foram retirados. Entretanto, em 2007, a operação foi interrompida e o - até então - aterro voltou a ser operado como lixão. Em 2013, os catadores retornaram ao local e, mesmo após retomada a cobertura do lixão com material inerte em 2017, o espaço seguiu funcionando.
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