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Suape guarda nitrato de amônio, mas descarta risco de acidente como o de Beirute

Publicado em: 06/08/2020 17:25

Suape tem cerca de 700 toneladas de nitrato de amônio, mas o volume é dinâmico, pois não fica muito tempo por lá. (Foto: Peu Ricardo/DP.)
Suape tem cerca de 700 toneladas de nitrato de amônio, mas o volume é dinâmico, pois não fica muito tempo por lá. (Foto: Peu Ricardo/DP.)

O Porto de Suape tem, nesta quinta-feira (6), 700 toneladas de cargas de nitrato de amônio, o material que teria causado a trágica explosão da última terça (4) no Porto de Beirute, no Líbano. Mas a administração do espaço descarta risco de acidente semelhante ao que aconteceu no país do Oriente Médio. O conteúdo está armazenado em condições e circunstâncias mais seguras, além de não ficar muito tempo na localidade.

Em retificação ao que foi informado nessa quarta (5), o porto informa que o nitrato de amônio "está armazenado em um galpão privado isolado, em condições e protocolos de segurança checados anualmente pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)" e com autorização e fiscalização do Exército Brasileiro. O volume do material também é dinâmico (varia bastante).

“Não existe, hoje, entrada do nitrato de amônio no Porto de Suape, nos moldes do Porto de Beirute, com grandes navios concentrando grande quantidade do produto a granel. Desde agosto de 2016, as entradas do produto se dão por contêineres - muito mais seguros por serem herméticos -, com no máximo 27 toneladas cada e são armazenados por pouco tempo em terminais de administração privada, sob autorização, protocolos e fiscalização do Exército”, pondera a administração, em nota. 

Também não há movimentação do nitrato de amônio em áreas públicas de Suape. “E os terminais de uso privado têm suas próprias licenças operacionais dos devidos órgãos de controle, que avaliam os riscos de cada operação, os procedimentos preventivos e as respostas a acidentes”, acrescenta.

A posição de Suape também ajuda a reduzir o risco de acidentes. Na década de 1970, o terreno foi escolhido pelo governo do estado justamente por ser distante de centros urbanos. O plano diretor do porto também não permite moradias em seu entorno e a administração mantém rigorosa fiscalização de ocupações para evitar a criação de comunidades.
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