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OPERAÇÃO CAIXA PRETA

Polícia pede prisão dos investigados por assassinato de comissária de bordo em Paulista

Publicado em: 06/08/2020 20:26 | Atualizado em: 06/08/2020 22:03

 (Foto: Divulgação / Polícia Civil)
Foto: Divulgação / Polícia Civil
A Polícia Civil de Pernambuco iniciou nesta quinta-feira a Operação Caixa Preta, que investiga o homicídio da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva, 35. No dia 24 de outubro do ano passado, Dinorah foi alvejada na presença de sua filha de oito meses e da sua mãe, em Paulista. Na operação estão sendo empregados 40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães das polícias civis de Pernambuco e São Paulo.

O crime foi premeditado e o principal suspeito de encomendá-lo é um copiloto com quem a vítima teve uma relação casual e também é apontado como o provável pai da criança. A atual namorada do aviador e sua sogra (todos de São Paulo) também estariam envolvidas. Após nove meses de análise, a Delegacia de Homicídios de Paulista solicitou à Justiça 11 mandados de prisão, entre supostos mandantes e executores - esses últimos também respondem por outros homicídios, além de tráfico de drogas e estelionato. 

De acordo com a polícia, o crime contra a comissária estava sendo planejado desde fevereiro de 2019, quando foram contratados vários executores. O ato foi cometido por homens que usavam capuz para cobrir o rosto e aconteceu no quarto da criança, que não sofreu ferimentos. A mãe de Dinorah também foi poupada. De acordo com o delegado Diego Jardim, titular da 7ª DPH, antes da fatalidade já haviam acontecido duas investidas contra a vida da vítima. 

“Havia executores fazendo campana para tentar descobrir onde a vítima morava. Um policial observou a ação e prendeu em flagrante três homens de São Paulo com uma arma. Depois houve uma tentativa de homicídio do qual Dinorah foi vítima. Homens chegaram a atirar em sua residência, mas não conseguiram entrar. Posteriormente, uns 15 dias depois, ocorreu o homicídio”, explica.   

No dia 24, dois homens arrombaram a porta da casa da vítima com um alicate, entraram e atiraram sete vezes em Dinorah. “A intenção inicial era matar tanto Dinorah e a mãe. Mas o executor, como não sabia com quem ia deixar a criança, resolveu deixar a mãe viva”, apontou o delegado. 

“Apuramos a participação de três mandantes. Ainda não se sabe ao certo se foi por conta da gravidez indesejada, que um dos mandantes queria que a vítima abortasse. O mandante e duas pessoas de seu círculo amoroso contrataram um grupo criminoso de São Paulo, que por sua vez entraram em contato com executores de Pernambuco”, explica o delegado.  

 
Mais sobre a ação 
 
A operação é vinculada à Diretoria Integrada Especializada - DIRESP, sob a presidência da Delegada Larissa Melo, que à época do início das investigações era adjunta da 7ª Delegacia de Policia de Homicídios - 7ª DPH, integrante da Divisão de Homicídios Metropolitana Norte – DHMN.  
 
A investigação foi iniciada em outubro de 2019, e nesta quinta-feira foram cumpridos 11 (onze) mandados de prisão e 7 (sete) mandados de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Paulista. Na execução estão sendo empregados 40 (quarenta) Policiais Civis, entre Delegados, Agentes e Escrivães, das Polícias Civis dos Estados de Pernambuco e São Paulo. A Operação está sendo coordenada pela DIRESP e supervisionada pela Chefia de Polícia. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL. Contou-se ainda com o apoio do Instituto de Criminalística de Pernambuco, através do Grupo Especializado em Perícias de Homicídios - GEPH e com o apoio da Polícia Civil de São Paulo. 
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