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Pesquisadores do Nordeste fazem campanha para enviar pele de tilápia para o Líbano

Publicado em: 06/08/2020 12:30 | Atualizado em: 06/08/2020 12:54

 (Foto: Divulgação/ Prefeitura do Rio de Janeiro)
Foto: Divulgação/ Prefeitura do Rio de Janeiro
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará estão realizando um campanha para enviar pele de tilápia para ajudar no tratamento de queimaduras das cerca de 4 mil vítimas da explosão no Líbano.

O Projeto Pele de Tilápia, da UFC, desenvolve um estudo sobre a eficácia da pele da tilápia para a regeneração do tecido humano após queimaduras de segundo e terceiro grau.

A pesquisa é realizada no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), sob coordenação do Dr. Odorico de Moraes.

Por ser rica em colágeno, a pele do peixe contribui para a cicatrização, além disso ela age como um “curativo biológico” e evita problemas como a contaminação da ferida, protegendo o local e pode permanecer como uma atadura por vários dias. Ainda, o produto de baixo custo ajuda a reduzir o preço do tratamento clínico das queimaduras.

O método é pioneiro no mundo, e já foi aplicado de forma experimental em cerca de 350 pacientes que mostraram a eficácia da pele do peixe. Apesar dos benefícios, o uso da pele de tilápia ainda não é autorizado pela Anvisa por ser um produto em fase de testes.

Por não ser autorizado pela Anvisa, o envio do material deve passar por diversas burocracias, e com a campanha, o projeto visa sensibilizar as autoridades brasileiras para que o estoque de 40 mil cm² chegue em Beirute. 

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