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Bolsonaro diz que JN lhe chamou de genocida e vai 'tentar esclarecimento da verdade'

Publicado em: 14/08/2020 16:42

 (Fotos: Sergio Lima/AFP e Reprodução/Rede Globo)
Fotos: Sergio Lima/AFP e Reprodução/Rede Globo
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nessa quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas feitas pelo editorial do Jornal Nacional, veiculado no último sábado (8). Na ocasião, os âncoras William Bonner e Renata Vasconcelos questionaram a postura do chefe do Executivo diante da pandemia da Covid-19, que, naquele dia, ultrapassou a marca dos 100 mil mortos no Brasil. 

Sem citar o nome do telejornal, Bolsonaro disse que há poucos dias, um "órgão de imprensa grande" o acusou de ser o responsável por 100 mil mortes, o que, segundo ele, "não tem cabimento". O presidente se defendeu, afirmando que desde o carnaval o governo vem tomando medidas de combate à pandemia. 

Na sequência, Bolsonaro leu uma portaria assinada em 20 de março pelo então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, determinando isolamento domiciliar para pessoas que tivessem problemas respiratórios. Segundo o presidente, essa foi uma medida que não deu certo.

"A história vai mostrar onde se errou, ou não, e se poderiam ter se evitado mortes. Seria impossível evitar todas as mortes, mas mortes poderiam ter sido evitadas", argumentou Bolsonaro, mostrando uma caixa de hidroxicloroquina, medicamento do qual é entusiasta, mesmo este sendo desaconselhado por autoridades sanitárias, incluindo a Organização Munidal de Saúde (OMS).

O presidente disse ainda que pretende tomar medidas para tomar esclarecimentos sobre as acusações feitas pelo telejornal, que, segundo ele, lhe chamou de "genocida", ainda que o texto lido por Bonner e Vasconcelos não cite essa palavra. "Vamos tentar a responsabilização e o esclarecimento da verdade no tocante a essa matéria, porque não dá para a gente não se defender disso. Uma acusação de genocida para cima de mim no horário nobre, ou que eu sou o responsável e que deveria cumprir a Constituição", reclamou. 

Bolsonaro citou ainda uma das perguntas feitas por William Bonner durante o editorial. "Será que o presidente está cumprindo a Constituição?", e continuou: "Com tudo o que nós fizemos? Quase R$ 700 bilhões [investidos], de uma forma ou outra, pra combater o vírus e evitar o desemprego", defendeu-se.
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