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FRAUDE

Rede de lojas chilenas denuncia seus funcionários por compras ilegais com cartão de crédito de Bolsonaro

Publicado em: 15/07/2020 20:36 | Atualizado em: 15/07/2020 21:52

 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Uma das maiores redes de lojas de departamento do Chile, a Falabella, apresentou denúncia contra 26 dos seus funcionários por fazerem compras fraudulentas com o cartão de crédito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com a empresa, os funcionários teriam utilizado dados dos cartões do político e de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, para fazer compras ilegais no próprio site das lojas. Um inquérito sobre o caso foi aberto na Procuradoria Centro Norte.

Segundo a denúncia, as compras, que incluíram artigos luxuosos como celulares de última geração, bicicletas e relógios, tiveram início no dia 1º de junho. Além disso, a empresa apurou mais de 27 mil compras anormais por meio do seu site, totalizando mais de 50 mil euros. Foram 77 compras feitas pelos empregados, incluindo outras duas empresas do grupo, Tottus e Sodimac.

Exposição 

No início de junho, o grupo de hackers Anonymous divulgou em suas redes sociais os números de telefone, endereços e documentos de identidade da família Bolsonaro. Após a exposição, diversos usuários do Twitter agradeceram Jair Bolsonaro pelos produtos adquiridos. Em resposta, o Presidente classificou o caso como ”uma clara medida de intimidação” e ainda avisou que “medidas legais estavam em andamento para que tais crimes não passassem impunes”.

Na lei chilena, os condenados pelo crime de fraude com cartão de crédito podem sofrer penas que vão de 541 dias até cinco anos de prisão, além de pagarem multas que podem chegar ao triplo do valor fraudado. Ademais, aqueles que compartilharam os cartões pelas redes sociais também podem ser acusados como cúmplices dos roubos e deverão compensar os danos.

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