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CRIMES SEXUAIS

Namorada que ajudava Jeffrey Epstein em crimes de pedofilia é presa nos EUA

Publicado em: 02/07/2020 18:19 | Atualizado em: 02/07/2020 18:23

Ghislaine Maxwell foi namorada do magnata Jeffrey Epstein, encontrado morto em sua cela no ano passado (Foto: Reprodução )
Ghislaine Maxwell foi namorada do magnata Jeffrey Epstein, encontrado morto em sua cela no ano passado (Foto: Reprodução )
A socialite britância Ghislaine Maxwell, de 58 anos, foi presa nesta quinta-feira (2) em New Hampshire, nos Estados Unidos, por seu envolvimento no esquema de pedofilia coordenado pelo seu então namorado, Jeffrey Epstein, nos anos 1990. Ela é acusada de seduzir e transportar garotas menores de idade para que os integrantes da rede cometessem crimes sexuais.

De acordo com a procuradora federal do distrito sul de Nova York, Audrey Strauss, a mulher "estava entre os associados mais próximos de Epstein e o ajudou a explorar garotas de 14 anos". "Maxwell teve um papel crítico ao ajudar Epstein a identificar, fazer amizade e preparar vítimas menores para serem abusadas. Em alguns casos, Maxwell participou do abuso ela mesma", acrescentou Strauss.

Maxwell atuava se aproximando das meninas, levando-as para fazer compras e ao cinema. Nessas ocasiões, ela tentava ganhar a confiança das adolescentes abordando assuntos como escola, família e, além da vida sexual das garotas. Em seguida, a mulher procurava "normalizar o abuso sexual" discutindo sobre sexo e despindo-se diante delas.

Segundo a acusação, os crimes teriam ocorrido entre os anos de 1994 e 199, em quatro localidades diferentes, incluindo a casa de Maxwell, em Londres, no Reino Unido. Os outros três locais eram propriedades de Epstein — a mansão dele em Nova York, uma casa de veraneio na Flórida e um rancho no estado americano do Novo México.

Maxwell responderá por quatro acusações envolvendo a "sedução de menores para atos sexuais ilegais" e o "transporte de menores para atividade sexual criminosa". Além destas, a socialite enfrenta outras duas de perjúrio por mentir enquanto estava sob juramento, em duas ocasiões diferentes em 2016. Ela pode ser condenada à prisão perpétua, mesmo se declarando culpada. 

Em agosto do ano passado, Epstein foi encontrado morto enforcado em sua cela, onde estava preso preventivamente em Nova York desde junho. Ele aguardava seu julgamento por acusações e "tráfico de menores", como é tipificado o abuso sexual de menores.
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