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Justiça turca começa julgamento de supostos cúmplices de Carlos Ghosn

Por: AFP

Publicado em: 03/07/2020 11:06

 (Foto: AFP)
Foto: AFP
Um tribunal de Istambul começou o julgamento, nesta sexta-feira (3), de sete cidadãos turcos acusados de terem ajudado o ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn, em sua fuga do Japão no final de 2019 - noticiou a mídia turca.

De acordo com a agência de notícias pública Anadolu, quatro pilotos e um executivo da empresa de aluguel de jatos particulares podem ser condenados a até oito anos de prisão por "tráfico de migrantes em grupo organizado".

Já dois membros da tripulação podem ser condenados a um ano de prisão por não denunciarem um crime.

Ghosn fugiu do Japão em dezembro de 2019, país onde foi acusado de malversação financeira.

Desde então, está refugiado no Líbano, que não tem tratado de extradição com o Japão.

Depois de decolar de Osaka (oeste do Japão), o jato particular com Ghosn a bordo pousou primeiro em Istambul, onde o empresário trocou de avião para ir para Beirute. Esta é a etapa de interesse das autoridades turcas.

Segundo a Promotoria turca, dois suspeitos de serem cúmplices de Ghosn - Michael Taylon, um ex-membro das Forças Especiais dos EUA, e George-Antoine Zayek, cidadão libanês - "recrutaram" o executivo da empresa turca MNG Jet Okan Kösemen, para garantir o trânsito desobstruído por Istambul.

A MNG Jet se constituiu em parte civil no processo, afirmando que seus jatos foram usados de maneira "ilegal" e que a presença de Ghosn a bordo não foi declarada.

Kösemen está em prisão preventiva. Segundo a ata de acusação turca, ele recebeu várias transferências, totalizando mais de 250.000 euros (US$ 290.000), nos meses que antecederam a fuga de Ghosn.
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