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MPF abre processo para investigar suposto racismo em declarações de presidente da Fundação Palmares
Publicado em: 05/06/2020 21:40
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| Foto: Reprodução |
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou, nesta sexta-feira (5), a abertura de uma investigação na Polícia Federal (PF) com o intuito de averiguar se o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, cometeu o crime de racismo. O incidente que motivou a abertura do inquérito é uma gravação de áudio que captou o momento que o jornalista chama de “escória maldita” o movimento negro.
Além dessa declaração, Camargo também teria dito que não dará verba para “macumbeiro” e ofendeu uma mãe de santo que trabalhou na Fundação Palmares antes de ele assumir a função de presidente.
No material que serve como base para o inquérito, o presidente da Fundação afirmou, ainda, que Zumbi era “filho da p… que escravizava pretos”, além de criticar o Dia da Consciência Negra e ameaçar demitir “esquerdista”.
De acordo com a denúncia encaminhada pelo Ministério Público, as declarações dadas em uma reunião de Camargo com assessores representam o crime de racismo contra todos os praticantes de matriz africana.
A PF tem o prazo de 30 dias para iniciar as investigações e deve concluir o inquérito em até 90 dias, que podem ser prorrogados pela mesma quantidade de dias.
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