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Covid-19

Academia Pernambucana de Medicina pede união da sociedade e reforço no isolamento social

Publicado em: 24/05/2020 17:50

Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho é presidente da 
Academia Pernambucana de Medicina. (Foto: Giovanni Costa/Alepe.)
Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho é presidente da Academia Pernambucana de Medicina. (Foto: Giovanni Costa/Alepe.)
A Academia Pernambucana de Medicina divulgou manifesto em que pede “medidas imediatas ainda mais duras de distanciamento social” para conter a propagação do novo coronavírus. No texto assinado na sexta-feira (22), o presidente da academia, Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho, diz que é momento da sociedade civil e dos poderes públicos se manterem unidos e com “total comprometimento com os graves desafios humanitário, sanitário, científico e estratégico que o momento e história nos apresentam”.

A nota inicia citando estatísticas do novo coronavírus em Pernambuco. Até 21 de maio, o estado tinha 23.911 casos confirmados e 1.925 óbitos: “Especificamente na área da assistência à saúde, de um total de 7.983 profissionais examinados, 4.371 (55%) testaram positivo para a Covid-19 (com 27 óbitos) e 287 (3,6%) estão em investigação. Entre os casos confirmados, 2.710 são de profissionais de saúde que têm vínculo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, sendo que 420 (15,5%) são médicos”.

“Esses números indicam que a pandemia ocasionada pela Covid-19 está fora de controle e, na medida em que respeitadas e confiáveis projeções sugerem, prenuncia-se que o nosso sistema de saúde se aproxima celeremente do caos”, adverte a associação.

O texto reforça a necessidade de “medidas imediatas ainda mais duras de distanciamento social” e que elas “só%u202F poderão ser efetivas se contarmos com a união de toda a sociedade civil, dos governos municipais, estaduais%u202F e das autoridades federais constituintes dos poderes%u202F legislativo, judiciário e, especialmente, do poder executivo”. 

“Urge e rogamos que todos nós lutemos para permanecermos unidos, superando divisões e suplantando polarizações, sem deixar de observar os princípios fundamentais que orientam a assistência à saúde, e que nos concentremos na defesa intransigente da ética, da dignidade do ser humano, e em última análise na preservação da vida razão de ser do nosso juramento médico”, conclui a associação.
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