Diario de Pernambuco
Busca

Coronavírus

Russos mantêm restrições aos chineses em seu território

Publicado em: 26/03/2020 22:56 | Atualizado em: 26/03/2020 23:45

Por Isabel Alvarez - Rio (RJ)


Devido à pandemia, a Rússia vetou, desde 20 de março, a entrada de chineses em seu território para evitar a propagação do vírus, independentemente dos altos custos para o setor do turismo e do grande impacto no mercado de trabalho. De acordo com Tatiana Golikova, vice-primeira-ministra russa, há atualmente o surto de febre sazonal e como as organizações médicas já estão sobrecarregadas neste período, foi preciso endurecer as regras, até que a China adapte as medidas restritivas necessárias. No entanto, o bloqueio aos cidadãos chineses é parcial e afeta os que viajam por turismo ou motivos privados assim como aos que requerem vistos de estudante ou trabalho. Para aqueles que pedem vistos de negócios, de trânsito, humanitários ou oficiais a entrada na Rússia ainda está permitida. A fronteira terrestre com a China fechou desde 30 de janeiro, além do corte de todas as ligações ferroviárias e restrição aos vôos para cidades chinesas. 

Apesar de sua extensão territorial e com 144 milhões de habitantes, as informações oficiais do país reportaram a ONU no dia 21 de março um total de 306 casos de contaminação do novo coronavírus e nenhum óbito. O fato vem sendo contestado pela oposição, que afirma que o presidente Putin mascara os números. Já o jornal norte-americano The New York Times noticiou na última segunda-feira, que houve um crescimento de infectados e que chega a 438, tendo ocorrido à primeira morte no dia 19, isto é, antes da publicação do relatório da OMS. Porém, o governo russo declara que a morte do paciente foi causada por trombose. 

Mas é importante apontar que o desenvolvimento do sistema de saúde, herança soviética, é potencialmente forte.  O país detém alta taxa de médicos per capita e um sistema de saúde público abrangente, capaz de, em situações muito críticas, incluindo pandemia, fornecer auxílio e expertise para países parceiros. Outro ponto positivo de Moscou é a mão de obra qualificada, comprovados pelos dados da OCDE, que apontam 53% da população com formação superior e 93% com formação escolar completa. Além de apresentar um eficaz desempenho na área de pesquisa, ciência e tecnologia.


Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL