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Percentual de endividados em março é o maior para o mês desde 2015

Publicado em: 31/03/2020 12:58 | Atualizado em: 31/03/2020 13:49

Número foi de 72,1% em março, contra os 75% registrados no mesmo mês de 2015. (Foto: Reprodução/Pixabay)
Número foi de 72,1% em março, contra os 75% registrados no mesmo mês de 2015. (Foto: Reprodução/Pixabay)
O percentual de endividados em Pernambuco atingiu 72,1% em março, registrando a maior taxa para os meses de março desde 2015, quando o número foi de 75%. Em fevereiro, o percentual havia sido de 71,9%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O atual endividamento é puxado pelo período de consumo retraído para a maioria dos segmentos do varejo, sendo concentrado em itens essenciais devido o início das restrições adotadas pelo governo para conter a disseminação da epidemia da Covid-19. Uma alta que já era esperada, visto que o consumo das famílias foi antecipado, como para a compra das feiras mensais, já que o período de isolamento trouxe um temor de desabastecimento de itens essenciais.

O percentual de 72,1% equivale a 370.065 famílias endividadas, alta de 1.041 lares em um mês. Já em relação ao mesmo período de 2019 houve uma alta de 11.815 famílias. As famílias que possuem contas em atraso atingiram os 31%, alta em relação a fevereiro e quando comparado a março do ano anterior, que registraram percentual de 29,5% e 26,5%, respectivamente. É importante lembrar que estas famílias já apresentavam maior dificuldade no pagamento de suas dívidas, com orçamento mais apertado, aumentando as dificuldades de honrar todos os pagamentos em um mês com início de maior restrição como o de março devido a epidemia de Covid-19. Atualmente no estado 159.265 famílias estão com alguma conta em atraso, acréscimo anual de 24.322 lares.

Já a parcela da população com a situação mais crítica, que são aquelas que informam não ter mais condições de pagar as suas dívidas, mostrou percentual de 15,2%, o que corresponde a 78.135 mil famílias inadimplentes. Este grupo apresentou alta significativa de famílias nesta situação, com acréscimo mensal e anual de 6.341 e 16.526 lares, respectivamente.
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