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ENERGIA SOLAR

Empresas pernambucanas lançam primeiro FIDC para financiamento de ativos de energia solar

Publicado em: 23/02/2020 07:00

 Desde o lançamento, mais de 10 empresas já aderiram ao projeto, por enquanto apenas destinado a pessoas jurídicas. (Foto: Ironildo Machado)
Desde o lançamento, mais de 10 empresas já aderiram ao projeto, por enquanto apenas destinado a pessoas jurídicas. (Foto: Ironildo Machado)
Em 2019, o Brasil apresentou um crescimento quanto à geração de energia solar da ordem de 44%. A democratização do acesso a esta energia limpa, renovável e mais econômica para o mercado de geração distribuída vem partindo de diferentes agentes. Desde o mês de janeiro, a fintech Insole, que financia soluções em energia fotovoltaica, captou no mercado de capitais, em parceria com a gestora Empírica, R$ 150 milhões para um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) voltados para o financiamento da locação, com opção de compra, de painéis solares. O produto é apresentado como pioneiro no Brasil com esse perfil. Desde o lançamento, mais de 10 empresas já aderiram ao projeto, por enquanto apenas destinado a pessoas jurídicas. Atualmente, a Empírica Investimentos detém cerca de R$ 2,5 bilhões de ativos sob gestão e mais de 25 FIDCs.


Ananias Gomes, CEO e fundador da Insole, conta que as empresas com o equipamento instalado estão distribuídas por todo o estado, tanto na capital como em cidades como Caruaru e Garanhuns, por exemplo. E que, para todas elas, o diferencial é a geração de uma alternativa menos dispendiosa e com menos burocracia para implementação. “De forma inovadora, conseguimos substituir o gasto mensal com a conta de energia elétrica por investimentos. Dependendo do plano de pagamento que o cliente escolhe, do tempo de locação, pode ter até 30% de desconto em relação ao que paga à Celpe. É uma forma de ele gerar sua própria energia de forma sustentável, e ainda por cima, sem a necessidade de investimento financeiro”, afirma. Não há custos com a instalação dos painéis e a locação pode ser feita pelo prazo de 1 a 12 anos. De acordo com Giuliano Longo, sócio-diretor da Empírica, neste primeiro momento serão cedidos ao FIDC apenas contratos firmados junto a pessoas jurídicas (comercial e industrial). “Posteriormente, será analisada a aceitação de contratos firmados junto a Pessoas Físicas (residencial)”, explica.

Roberto Carlos Silva de Andrade, presidente da Comissão Sindical Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), conta que a opção por esta forma de financiamento, pela entidade, deveu-se à agilidade do processo (aprovado em menos de 15 dias) e viabilidade econômica. A conta de energia do local variava em torno de R$ 2,5 mil por mês e já apresentou uma redução de 10%. O financiamento foi em 60 meses. Ao final, o objetivo da organização é adquirir definitivamente o bem financiado. Os valores para esta aquisição variam de acordo com o plano adquirido. Satisfeito com os resultados, Roberto conta que já indicou o financiamento para cooperativas vinculadas à OCB e empresas independentes. “Atualmente, o mundo está voltado para a sustentabilidade e a entidade, que congrega pessoas, deve priorizar o bem da sociedade como um todo. Investimos em melhor locomoção para portadores de deficiência, tecnologia para redução do uso de papel. Então, a utilização da energia solar faz parte deste conjunto de ações”, afirma.

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