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Conheça os homenageados do carnaval do Recife em 2020

Publicado em: 21/02/2020 15:58 | Atualizado em: 21/02/2020 16:04

 (Fundado em 1920, o bloco surgiu a partir da reunião de um grupo de intelectuais, amigos e foliões. (Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP))
Fundado em 1920, o bloco surgiu a partir da reunião de um grupo de intelectuais, amigos e foliões. (Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP)

O maestro Edson Rodrigues, com mais de 60 anos dedicados ao carnaval e ao frevo, junto com o centenário Bloco das Flores são os homenageados do Carnaval do Recife 2020. Conheça a história deles:

MAESTRO EDSON RODRIGUES

Maestro, arranjador, saxofonista e compositor, Edson Rodrigues escreveu de próprio punho uma parte importante da história recente do frevo. Um dos sete corações reunidos no filme homônimo de Dea Ferraz, que fazem a mais recifense das músicas pulsar, viva e bulindo, nas ruas e entre as mais importantes tradições culturais da cidade e da humanidade, Rodrigues pertence à chamada segunda geração do frevo, a quem coube a gloriosa missão de continuar o que compositores como Capiba e Nelson Ferreira fizeram pela cultura pernambucana.

Devotado à música desde muito moço, estreou no Carnaval com a Orquestra Itapoã, de João Santiago, nos idos de 1957. Além do frevo, muitos outros ritmos embalaram a sua carreira. Rodrigues foi pioneiro na introdução do jazz em Recife, além de ter fundado a Banda Municipal de Recife, da qual foi regente entre 1979 e 1983. Mas não aprendeu tudo que sabe nos palcos. Estudou muito e ensinou ainda mais. Graduou-se em jornalismo, geografia e música na universidade. Depois se tornou professor do Conservatório Pernambucano de Música por muitos anos e nunca mais parou de compartilhar saberes e prazeres musicais

BLOCO DAS FLORES

Primeiro Bloco Carnavalesco Misto criado no Recife, o Bloco das Flores surgiu em 1920, a partir da reunião de um grupo de intelectuais, amigos e foliões, entre eles jornalistas, artistas e compositores de carnavais saudosos, como Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon e Raul Morais, nomes imortalizados no coro das ruas suadas e coloridas da festa pernambucana. O Bloco das Flores, no seu primeiro desfile, veio com 100 componentes que participavam de pastoris do Bairro de São José e sua orquestra de Pau e Corda com 50 músicos.

O bloco chegou a encerrar suas atividades por alguns anos, em virtude do falecimento do seu benfeitor Pedro Salgado e também de Raul Moraes, compositor e regente da orquestra. No ano de 2000, outros amantes da brincadeira de rua, também intelectuais e artistas, resolveram resgatar o bloco lírico. Desde então, o Bloco das Flores se apresenta anualmente, arrastando multidões atrás da orquestra e da história que seu estandarte carrega, evoca e perpetua pelas ruas da folia.
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