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SDS planeja usar reconhecimento facial em câmeras para achar criminosos

Publicado em: 24/01/2020 15:28 | Atualizado em: 24/01/2020 19:06

A Secretaria de Defesa Social (SDS) pretende utilizar um sistema de reconhecimento facial para detectar criminosos em imagens das câmeras de vigilância da pasta. Até março, deverá ser lançado um edital de concorrência para licitar a empresa responsável pelo serviço. A tecnologia já é utilizada por operativas de segurança em alguns países e em estados do Brasil.

De acordo com a pasta, o edital está sendo elaborado em parceria com a Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI) e Secretaria de Administração. “Esse tipo de tecnologia vai aprimorar o trabalho das polícias na localização de foragidos e condenados pela Justiça, além de facilitar a identificação de pessoas envolvidas em atos de violência”, diz a nota da SDS.

Ainda, a secretaria informa que “um protocolo de atuação das polícias a partir da incorporação dessa tecnologia também está sendo elaborado”. Recentemente, a SDS já tinha realizado outro investimento tecnológico, ao conseguir cadastrar 12.397 perfis genéticos de criminosos condenados no Banco Nacional de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça.

Pernambuco foi o estado que mais cadastrou DNAs no banco. Como reconhecimento, o Governo Federal entregou equipamentos estratégicos à Polícia Científica estadual, como sequenciador e quantificador de DNA e uma plataforma automatizada de análise, que avalia até 90 materiais genéticos de uma só vez.

Outro lado
A controvérsia no uso da tecnologia se dá por causa de episódios ocorridos no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos no ano passado. No caso do Rio, uma mulher foi detida por engano após ser confundida pelo sistema com uma criminosa que já estava presa. Já no caso americano, 27 atletas profissionais no estado de Massachusetts com condenados.

No caso americano em questão, a tecnologia utilizada era da Amazon. Em setembro de 2019, o presidente-executivo da empresa, Jeff Bezos, afirmou que a companhia estava trabalhando em questões regulatórias ligadas ao tema: "É um exemplo perfeito de algo que tem usos realmente positivos, para que você não queira barrar. Ao mesmo tempo, há muito potencial para abusos com esse tipo de tecnologia, e você deseja regulamentações".
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