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FAKE NEWS

WhatsApp baniu 400 mil usuários durante as eleições de 2018

Por: AE

Publicado em: 20/11/2019 09:35 | Atualizado em: 20/11/2019 10:09

A empresa informa que os usuários foram derrubados por violar os termos de uso disparando mensagens de maneira automatizada. (Foto: Agência Brasil)
A empresa informa que os usuários foram derrubados por violar os termos de uso disparando mensagens de maneira automatizada. (Foto: Agência Brasil)
A direção do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp informou à CPI das Fake News que baniu mais de 400 mil usuários brasileiros durante a campanha eleitoral de 2018. A empresa disse que eles foram derrubados porque violaram os termos de uso disparando mensagens de maneira automatizada. 

No documento, o WhatsApp salienta que a análise não levou em conta o conteúdo enviado, apenas a forma de envio. "O WhatsApp proíbe expressamente o uso de qualquer aplicativo ou robô para enviar mensagens em massa ou para criar contas ou grupos de maneiras não autorizadas ou automatizadas", disse a empresa.

As contas saíram do ar entre 15 de agosto, início oficial da campanha eleitoral, e 28 de outubro, dia em que foi definido o segundo turno. O documento foi enviado como resposta ao requerimento do presidente da CPI, o senador Angelo Coronel (PSD-BA).

A empresa justificou que, para detectar o processo de automatização, é necessário observar o comportamento da conta logo após ela ser ativada. "Se um usuário faz alterações rápidas no catálogo de contatos ou os números não são compartilhados reciprocamente entre os usuários, isso pode indicar que um remetente obteve números sem o consentimento do outro usuário", diz o documento. 

Cerca de dois milhões de usuários são banidos mensalmente no mundo por violarem as regras de uso do aplicativo, calcula a empresa, que, em outubro do ano passado, uma semana antes do segundo turno da eleição, divulgou uma nota em que comunicava ter banido "centenas de milhares de contas durante o período das eleições no Brasil".

Nenhum número preciso foi divulgado naquela ocasião. Porém, durante uma palestra na Colômbia, mês passado, o gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, disse que a empresa sabe quem usou o aplicativo para enviar mensagens em massa em 2018.
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