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BOLA MUNDI
Russos prontos... pra dar vexame
O fato é que o fracasso da Seleção Russa nada mais é do que o reflexo de como anda o futebol por lá (...) Até o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve estar preocupado
Publicado: 29/06/2017 às 12:00

E não me refiro aos problemas extracampo, como os protestos de populares contrários a realização do torneio, a violência dos hooligans locais, ou à baixa presença de público, evidenciada pelos ‘clarões’ nas arquibancadas da maioria dos jogos (até o ex-ministro dos esportes e hoje vice-primeiro ministro russo, Vitali Mutko, reclamou dos preços dos ingressos, que variaram de US$ 70 a US$ 245), mas sim ao que a Seleção Russa apresentou em campo. Ou seria melhor dizer não apresentou?
Comandada desde agosto de 2016 pelo técnico Stanislav Cherchesov – que chegou a dizer que ‘pressão era tão somente um termo médico’ –, a Rússia só venceu a fraca Nova Zelândia na estreia, perdeu para Portugal e México e foi eliminada na primeira fase do torneio, algo que não acontecia com um anfitrião desde a Coreia do Sul em 2001. E o pior é que não se trata apenas de “má fase”. Em todas as últimas grandes competições internacionais, os russos deram vexame, sendo eliminados na primeira fase da Eurocopa 2012, do Mundial 2014 e da Euro 2016.
Ocupando sua pior posição desde que o ranking Fifa foi criado em 1993, apenas em 63º lugar (deve cair um pouco mais na próxima atualização, que será segunda-feira), a Rússia, por ser o país-sede da Copa, não disputa as Eliminatórias europeias. Assim, utiliza amistosos para (tentar) acertar a equipe. Foram 13 desde o início de 2016, com quatro vitórias (Hungria, Lituânia, Gana e Romênia), quatro empates e cinco derrotas, entre elas para as ‘poderosas’ seleções de Catar, Costa Rica e Costa do Marfim.
O fato é que o fracasso da Seleção Russa nada mais é do que o reflexo de como anda o futebol por lá. Em maio, Nikolai Grammatikov, chefe de um dos sindicatos de jogadores do país, revelou a agências internacionais que cerca de 25% dos clubes da Primeira Divisão tinham salários atrasados. Para completar o quadro, muitos clubes pertencem ao governo ou são propriedades de empresas estatais. Em um cenário de recessão e corte de despesas, é natural que as verbas para o futebol desapareçam... Até o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve estar preocupado.
Exemplo do Galinho
Ídolo da Roma, com 307 gols em 786 jogos, Totti se despediu do clube no mês passado. E, aos 40 anos, pode seguir o exemplo de Zico: teria proposta do Tokyo Verdy, equipe da 2ª Divisão japonesa. Com o brasuca foi semelhante. Após brilhar no Flamengo, Zico assinou com o Kashima Antlers, na temporada 1991, quando já tinha 38 anos. Em 88 partidas pela equipe, fez 54 gols, virou ídolo (com direito a estátua) e ajudou a elevar o nível do futebol local, abrindo caminho para a chegada de outras estrelas internacionais.Fim do mistério?
Encerrada a participação da Itália na Eurocopa Sub-21, o menino-prodígio Donnarumma, de 18 anos, pode, enfim, tratar de seu futuro. Apontado como o sucessor de Buffon, o goleiro de 1,96m de altura tem contrato com o Milan só até junho de 2018 e recusou a primeira proposta de renovação, despertando ódio na torcida rossonera. O motivo seriam propostas milionárias de clubes como Manchester City, PSG e Real Madrid. Convocado pela Azzurra desde o Sub-15, Donnarumma já disputou quatro amistosos pela seleção principal e é titular do Milan desde outubro de 2015, quando tinha apenas 16 anos e oito meses.Estranho no ninho
Novo eldorado do futebol mundial, o mercado chinês não tem economizado na hora das contratações, em especial na busca por brasileiros. Basta reparar na lista de artilheiros do campeonato. Entre os 10 principais goleadores, seis são brasucas (Ricardo Goulart, Hulk, Tardelli, Aloísio, Pato e Elkeson). Mas um nome chama atenção: Wu Lei, de 25 anos, o único chinês na lista. Maior artilheiro da história do Shangai SIPG (127 gols), ele é considerado um fenômeno: foi o mais jovem a atuar na primeira divisão local, quando tinha apenas 14 anos e 287 dias!Sem interessados
Colocado ‘à venda’ na segunda-feira pela família Della Valle – que socorreu o clube da falência em 2002 –, a Fiorentina ainda não tem novo dono. Equipe que já contou na década de 1990 com brasileiros como Viola e Edmundo, além do goleador argentino Batistuta, parece não estar com muita moral no mercado. Na última temporada, terminou apenas na 8ª colocação, com 38 pontos, ficando fora das principais competições europeias. No grupo atual, conta com o recém-contratado zagueiro Vitor Hugo (ex-América e Palmeiras). Quem se habilita?De olho
Nadiem Amiri
Filho de pais afegãos que migraram para a Alemanha, Nadiem Amiri é um dos bons valores do time germânico que decide amanhã o título da Eurocopa Sub-21 diante da Espanha. Com 20 anos e 1,80m de altura, o meia-atacante tem habilidade e possui boa visão de jogo. Revelado na base do Kaiserslautern, foi para o Hoffenheim em 2012, onde se profissionalizou na temporada 2014/2015, a princípio para jogar no time B. Com quatro gols em 21 partidas, foi logo puxado para o time principal. É convocado para as seleções de base da Alemanha desde o Sub-18.
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