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Dia das Mães: 5 poemas para celebrar a data

Confira os mais lindos poemas para o Dia das Mães

Confira os melhores poemas para o dia das mães

 

Neste domingo (12) é comemorado o Dia das Mães, data mais do que especial para os brasileiros.

 

No Dia das Mães, é comum preparar surpresas, dar presentes e homenagear essas pessoas que nos deram a vida com músicas, mensagens e até poemas.

 

Para isso, separamos alguns poemas para fazer essa homenagem às mães.

 

Confira:

 

1 - Mãe, de Mario Quintana

Mãe! São três letras apenas

As desse nome bendito:

Três letrinhas, nada mais...

E nelas cabe o Infinito

E palavra tão pequena

– confessam mesmo os ateus –

É do tamanho do Céu!

E apenas menor que Deus...

 

2 - As Três Letras de Mãe, de Bráulio Bessa

Ela tem o poder de carregar

toneladas de amor e de ternura,

uma infinidade de bravura

e uma luz que jamais vai se apagar,

pois seu brilho é capaz de iluminar

o caminho que vamos percorrer.

Se arrisca pra poder nos proteger

Não importa por onde a gente for.

Nas três letras de mãe tem tanto amor

que não há quem consiga descrever.

 

O que ela consegue ensinar

não há curso ou escola que consiga.

A maior professora e grande amiga

com milhões de conselhos pra lhe dar.

Uma fonte impossível de secar

do mais puro e genuíno saber.

Já vi mãe que nem aprendeu a ler

mas consegue dar aula a um doutor.

Nas três letras de mãe tem tanto amor

que não há quem consiga descrever.

 

Tem o dom de somar pra expandir

a fartura que alegra o coração.

Mas se acaso for pouco o nosso pão

entra em cena seu dom de repartir.

Uma mestra capaz de dividir

uma gota de água pra beber,

um grãozinho de arroz para comer.

Nessa hora é que o pouco tem sabor.

Nas três letras de mãe tem tanto amor

que não há quem consiga descrever.

 

Sei que a alma da mãe é uma janela

que não tem cadeado nem ferrolho.

Basta olhar lá no fundo do seu olho

que a gente pula lá pra dentro dela.

Nessa hora tanta coisa se revela,

fica tudo mais fácil de entender

que até antes mesmo de nascer

você já tinha um anjo protetor.

Nas três letras de mãe tem tanto amor

que não há quem consiga descrever.

 

Ah, se Deus desse à mãe eternidade.

Ah, se houvesse um farelo de esperança.

Mas o hoje já já vira lembrança

e a lembrança já já vira saudade.

O relógio em alta velocidade

deixa claro que não vai retroceder.

Não espere sofrer pra perceber.

Não espere perder pra dar valor.

Nas três letras de mãe tem tanto amor

que não há quem consiga descrever.

 

3 - De Joelhos, de Florbela Espanca

“Bendita seja a Mãe que te gerou.”

Bendito o leite que te fez crescer.

Bendito o berço aonde te embalou

A tua ama, pra te adormecer!

 

Bendita essa canção que acalentou

Da tua vida o doce alvorecer…

Bendita seja a lua que inundou

De luz, a terra, só para te ver…

 

Benditos sejam todos que te amarem,

As que em volta de ti ajoelharem,

Numa grande paixão fervente e louca!

 

E se mais que eu, um dia, te quiser

Alguém, bendita seja essa Mulher,

Bendito seja o beijo dessa boca!!

 

4 - De Mãe, de Conceição Evaristo

O cuidado de minha poesia

aprendi foi de mãe,

mulher de pôr reparo nas coisas,

e de assuntar a vida.

 

A brandura de minha fala

na violência de meus ditos

ganhei de mãe,

mulher prenhe de dizeres,

fecundados na boca do mundo.

 

Foi de mãe todo o meu tesouro

veio dela todo o meu ganho

mulher sapiência, yabá,

do fogo tirava água

do pranto criava consolo.

 

Foi de mãe esse meio riso

dado para esconder

alegria inteira

e essa fé desconfiada,

pois, quando se anda descalço

cada dedo olha a estrada.

 

Foi mãe que me descegou

para os cantos milagreiros da vida

apontando-me o fogo disfarçado

em cinzas e a agulha do

tempo movendo no palheiro.

 

Foi mãe que me fez sentir

as flores amassadas

debaixo das pedras

os corpos vazios

rente às calçadas

e me ensinou,

insisto, foi ela

a fazer da palavra

artifício

arte e ofício

do meu canto

da minha fala.

 

5 - Minha Mãe, de Vinicius de Moraes

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo

Tenho medo da vida, minha mãe.

Canta a doce cantiga que cantavas

Quando eu corria doido ao teu regaço

Com medo dos fantasmas do telhado.

Nina o meu sono cheio de inquietude

Batendo de levinho no meu braço

Que estou com muito medo, minha mãe.

Repousa a luz amiga dos teus olhos

Nos meus olhos sem luz e sem repouso

Dize à dor que me espera eternamente

Para ir embora. Expulsa a angústia imensa

Do meu ser que não quer e que não pode

Dá-me um beijo na fronte dolorida

Que ela arde de febre, minha mãe.

 

Aninha-me em teu colo como outrora

Dize-me bem baixo assim: - Filho, não temas

Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.

Dorme. Os que de há muito te esperavam

Cansados já se foram para longe.

Perto de ti está tua mãezinha

Teu irmão, que o estudo adormeceu

Tuas irmãs pisando de levinho

Para não despertar o sono teu.

Dorme, meu filho, dorme no meu peito

Sonha a felicidade. Velo eu.

 

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo

Me apavora a renúncia. Dize que eu fique

Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.

Afugenta este espaço que me prende

Afugenta o infinito que me chama

Que eu estou com muito medo, minha mãe.

 

Material retirado do site Calendarr.com. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco