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Festival Recife do Teatro Nacional inicia nesta quinta; confira programação

Programação tomará conta de teatros e ruas com 28 espetáculos: 15 locais e 13 montagens nacionais inéditas no Recife, entre infantis e sátiras, musicais e dramas

Celebrando duas das mais eloquentes vocações do povo recifense, para a produção cênica e para a democracia, o Festival Recife do Teatro Nacional reencontra seus públicos, a partir da próxima quinta-feira (16) até o dia 26, numa edição marcada pela diversidade de estéticas, vozes e protagonismos, tão característica do teatro brasileiro, por temas urgentes e muitas novidades. Após hiato provocado pela pandemia, a programação volta a ocupar palcos e espaços públicos da cidade, abrindo as cortinas para 28 espetáculos, 15 robustas produções locais e 13 montagens nacionais inéditas na cidade.
 
Em sua 22ª edição, o Festival, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, combinará programação formativa com grade artística, teatro infantil com sátira e sarcasmo, guerra na Síria com o sagrado ancestral indígena, Sertão com Europa, feminismo com mudança climática, performance urbana com teatro de objetos, Garcia Lorca com João Ubaldo Ribeiro, Shakespeare com Miró da Muribeca. 
 
As atividades irão se espalhar pelos teatros de Santa Isabel e Parque, Apolo e Hermilo Borba Filho, Barreto Júnior e Luiz Mendonça, além de ganhar as ruas da cidade, com apresentações nos mercados públicos de São José, Afogados, Água Fria e Casa Amarela, no Morro da Conceição e na Avenida Rio Branco. 
 
Não haverá cobrança de bilheteria. Os ingressos serão distribuídos ao público nos teatros, uma hora antes do início das apresentações, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível. Toda a arrecadação será revertida para o Banco de Alimentos da Prefeitura do Recife, localizado no Compaz Dom Helder Câmara, no Coque, que recebe e repassa alimentos para os equipamentos socioassistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas, como Centros Pop, CRAS, CREAS e casas de acolhida. 
 
Oficinas 
Para legar mais que emoções e comoções à cidade, a 22ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional contará com etapa formativa, que inaugura a programação. Serão cinco oficinas gratuitas, oferecidas desta quarta-feira (15) ao dia 23. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas neste link.

A primeira delas, nesta quarta, será O Ator e o Trabalho em Grupo, com Júlio Maciel, do Grupo Galpão, que focará em práticas de trabalho e experiências de escuta, atenção, presença e criação coletivas. A oficina acontecerá no Teatro Hermilo Borba Filho e terá quatro horas de duração, das 9h às 13h. Público-alvo: atores, estudantes, educadores e pessoas interessadas em teatro. Trinta vagas.
 
Na sexta, será realizada, também no Hermilo, das 14h às 18h, a Oficina Produção e Gestão de Grupos, com Gilma Oliveira, do Grupo Galpão, que tratará dos princípios norteadores da produção cênica, relacionados a contratos, planejamento, orçamentos, liberações, cargas, roteiros, check-lists, cronogramas e logística de viagens, entre outros. Público alvo: produtores, gestores e artistas interessados no universo da produção das artes cênicas. Trinta vagas.
 
Entre os dias 21 e 25, das 9h às 13h, no Paço do Frevo, o ator, palhaço, dramaturgo e diretor Duda Rios, um dos fundadores da Barca dos Corações Partidos ministrará a Oficina Criativa de Atuação e Movimento. O objetivo da oficina é potencializar o exercício criativo, a partir da investigação do movimento, da incorporação da natureza (Máscara Neutra) e da construção de universos teatrais particulares surgidos em improvisações. Público alvo: Profissionais e estudantes das artes cênicas a partir de 18 anos. Vinte alunos por turma.
 
De 21 a 23 de novembro, das 14h às 17h, o ator, diretor, autor e homenageado do Festival, Newton Moreno, conduz a Oficina de Dramaturgia, dedicada ao processo de criação do texto teatral, a partir do estudo de caso de alguns textos/processos. Serão três encontros, cada um com três horas de duração. Trinta vagas.
 
De sexta-feira (17) ao dia 19, das 14h às 17h, no Paço do Frevo, será oferecida a Oficina Corpo-Coro, ministrada pela artista carioca Maria Lucas, que trabalhará, a partir de histórias pessoais, a construção de narrativas cênicas individuais e em grupo, utilizando como ponto de partida três perguntas: de onde venho, quem sou e o que me move? Público alvo: pessoas com poucas oportunidades de acesso às artes, pessoas trans, LGBTs, pretas e indígenas. Vinte vagas.

Grupo Fiandeiros, que terá o fundador homeneageado, encenará o espetáculo %u201CVento forte para água e sabão"

Espetáculo 'De Tempo Somos' relembra trajetória do Grupo Galpão

'Azira%u2019i' reflete sobre tradições na perspectiva da indígena Zahy entahar

22º Festival Recife do Teatro Nacional
De 15 a 26 de novembro
Acesso gratuito, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível

Programação
Dia 16 (quinta-feira)
19h - Abertura %2b “Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)”, da Sarau Cultura Brasileira, (RJ), no Teatro do Parque

Dia 17 (sexta-feira)
12h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de São José
19h - “Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)”, da Sarau Cultura Brasileira (RJ), no Teatro do Parque
20h - “Se eu fosse Malcom”, de Eron Villar e DJ Vibra (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho
20h - “De tempo somos”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça.

Dia 18 (sábado)
16h - “Vento forte para água e sabão” (infantil), do Grupo Fiandeiros (PE), no Teatro do Parque
18h - “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar (RJ), no Teatro Apolo
18h - “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça
20h - “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro Santa Isabel

Dia 19 (domingo)
16h - “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro de Santa Isabel
16h - “Enquanto Godot não vem”, da Cia 2 em Cena (PE), no Teatro Barreto Júnior
17h - “O Irôko, a Pedra e o Sol”, do grupo O Poste Soluções Luminosas (PE), no Teatro do Parque
18h - “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar (MA), no Teatro Apolo
18h - “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça

Dia 20 (segunda-feira)
19h - “Miró: Estudo nº 2”, do Grupo Magiluth (PE), no Teatro do Parque
19h - “Deslenhar”, do grupo Teatro Miçanga (PE), na área externa entre os teatros Hermilo e Apolo
20h - “Órfãs de Dinheiro”, solo de Inês Peixoto (MG), no Teatro Apolo

Dia 21 (terça-feira)
20h - “Alguém para fugir comigo”, do Resta 1 Coletivo (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

Dia 22 (quarta-feira)
10h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Afogados
17h - “Ubu - O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), no Morro da Conceição 
18h - Leitura dramatizada “Justa”, com Fabiana Pirro e Ceronha Pontes, na Faculdade de Direito
19h - “Yerma - Atemporal”, de Simone Figueiredo e Paulo de Pontes (PE), no Teatro do Parque
20h - “Pedras, flor e espinho”, do grupo ACA Produções Artísticas (PE), no Teatro de Santa Isabel

Dia 23 (quinta-feira)
10h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Água Fria
17h - “Ubu - O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), na Avenida Rio Branco
19h - “Auto da Barca do Inferno”, da Cênicas Cia de Repertório (PE), no Teatro do Parque
21h - “Solo para um Sertão Blues”, de Cláudio Lira (PE), no Teatro Apolo
21h - “Narrativas encontradas numa garrafa pet”, do Grupo São Gens de Teatro (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

Dia 24 (sexta-feira)
11h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Casa Amarela
15h - “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior
19h - Leitura dramatizada “O Sonho de Ent”, da Cia Fiandeiro (PE), na sede da companhia (Rua da Saudade, 240, Boa Vista)
20h - “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo
21h - “Ao Paraíso”, de Valécio Bruno (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

Dia 25 (sábado)
15h - “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior
17h - “A.N.J.O.S” (infantil), da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça
17h - “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel
18h e 20h - “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho
19h - “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque
20h - “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo

Dia 26 (domingo)
16h - “Céu estrelado” (infantil), do grupo Pedra Polida (PE), no Teatro Apolo
17h - “A.N.J.O.S”, da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça
17h - “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel
18h e 20h - “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho
19h - “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque

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