 | |
Foto: Iuri Brainer. |
Uma reunião de artistas pernambucanos que compartilham valores musicais e uma mesma fome de retornar de vez aos palcos chega amanhã ao Teatro de Santa Isabel, no show de Marcello Rangel. Em turnê pela primeira vez desde o início da pandemia, ele traz faixas do disco Quanto mais eu vou, eu fico, lançado em setembro de 2019, com a participação de amigos da música e da vida, como Juliano Holanda, Clara Torres, Isadora Melo, Almério, Thiago Martins e Samuel Nóbrega.
A frase que dá título ao show e ao disco foi tirada da canção Cinemascópio, que faz parte desse processo de reflexão de Marcello sobre o movimento de ir e vir, as travessias feitas ao longo da carreira, as histórias e experiências adquiridas viajando e conhecendo pessoas e sobretudo anseios existenciais sobre o fluxo de sua vida. Esse mote foi o que deu liga às faixas que compõem o projeto - primeiro trabalho solo do compositor recifense, que anteriormente fazia parte da banda Araçá Blu. O disco teve produção musical de Iuri Brainer e toda a equipe foi composta por profissionais pernambucanos, uma confraria de parceiros.
 | |
Foto: Iuri Brainer. |
“Nos dois shows iniciais da turnê (Garanhuns e Arcoverde), convidei pessoas que já estavam trabalhando comigo. As parcerias aconteceram de maneira muito orgânica e agora no Recife conto com amigos como Isadora Melo, que estudou comigo no colégio, Juliano Holanda, que se tornou uma pessoa muito importante na minha vida para além da parceria criativa, e Claudio Rabeca, que frequentou muito a minha casa e construímos uma grande amizade compondo juntos”, conta Marcello. “Em todo esse período anterior ao projeto, reunimos talentos extraordinários, garimpando mesmo até encontrar o ouro, e o resultado eu vejo como uma carga enorme de pernambucaneidade raiz.”
Integrante da Mostra Reverbo - um coletivo coordenado por Juliano Holanda e do qual fazem parte Almério, Martins, Isadora Melo, PC Silva, Flaira Ferro e outros artistas -, Marcello demonstra como a afinidade na forma de ver a música e a cena musical do estado contribui para a sensação de unidade das composições. “A Reverbo se tornou um espaço embrionário de talentos”, diz.