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Mercado editorial na pandemia é tema de palestra da Fundaj

Publicado em: 11/08/2020 16:22 | Atualizado em: 11/08/2020 17:49

 (Foto: Pixabay)
Foto: Pixabay

Durante o período de pandemia, os produtos digitais se tornaram ainda mais acessíveis dentro de um contexto de isolamento social. Diante disso, como se encontra a leitura e a distribuição de livros? Para falar sobre o assunto, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em parceria com a Feira Literária do Vale do Ipojuca (Flipojuca) realizará a live O livro e o mercado editorial em tempos de pandemia e pós, no canal da Fundaj no YouTube, nesta sexta-feira (14). Dessa vez, o evento virtual contará com palestra do presidente da Instituição e escritor, Antônio Campos e mediação do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) e jornalista Mario Helio Gomes.

"Mudanças fazem parte do ciclo da vida. A partir da revolução industrial e depois com a globalização muitas transformações aconteceram para melhorar a qualidade de vida. Dessa forma, as pessoas encontraram novas possibilidades e maneiras de se adaptarem. Hoje não é diferente, e precisamos enxergar a tecnologia como uma aliada e não como inimiga do livro. Devemos ter um olhar estratégico para inovar e expandir a leitura nestes novos tempos", reflete Antônio Campos. Na palestra em questão, o escritor refletirá um pouco sobre o nicho da editoração de livros e suas perspectivas para a atualidade e o futuro, de acordo com sua trajetória de experiências na área. Nesse dia, também lançará livro Pernambuco, Jardim de Baobás, em formato e-book.

Filho do escritor Maximiano Campos, Antônio também é poeta. Dos livros que escreveu, estão títulos como A reinvenção do livro (2011), Diálogos Contemporâneos (2010), Viver é resistir (2005), Território da palavra (2008) e Portal de sonhos, poesias (2008). Em Pernambuco, Jardim de Baobás, Antônio divide com o jornalista e fotógrafo Marcus Prado a missão de mapear as mais de 130 árvores da espécie presentes no Estado. A obra se transforma em um almanaque, contendo diversos aspectos sobre a planta de origem africana, como, por exemplo, sua chegada ao Brasil e as lendas que correm ao seu redor, até assuntos mais densos, a exemplo da relação do território pernambucano com o tráfico negreiro e urgência de preservação desta espécie.

Na sétima edição da Fliporto, promovida em Olinda, no ano de 2011, Antônio e Marcus lançaram um movimento cultural que resultou no projeto Pernambuco, Jardim de Baobás, do qual nasceu o título. Com ele, registraram baobás em Arcoverde, Araripina, Ipojuca, Sanharó, São José do Belmonte, Serra Talhada, Vicência e tantas outras cidades. A grande maioria na capital pernambucana. Além da exposição de fotos sobre o exemplares de baobás, do jornalista e fotógrafo Marcus Prado - que se manteve aberta na Casa Fliporto durante dois anos -, foram distribuídos no meio da população, em escolas, mais de 15 mil livros voltados, em sua maioria, para a preservação ecológica. Dentre uma lista especial para as lares de idosos e associações religiosas.

"Pernambuco é um verdadeiro jardim de baobás, uma das manifestações genuinamente africanas. Era a árvore venerada pelos escravos, tal como a gameleira representa para os cultos de origem africana. Não toque com maldade no baobá, pois seria o mesmo que tocar na alma da gente negra da África continental”, discorre Campos, ao recordar o belo baobá na rua em que vive no Poço da Panela. "Para falar a verdade, não consigo ver a rua onde moro sem esse baobá. Com ele tenho o prazer de me deparar, toda manhã, sempre que vou à varanda do meu apartamento. É um ornamento arbóreo que enche os olhos de alegria. Símbolo de uma tradição, de uma oralidade que não encontra em si qualquer limite, altamente perdurável e reincidente na evocação dos direitos ancestrais", conclui.

SERVIÇO
Live da palestra O livro e o mercado editorial em tempos de pandemia e pós e lançamento do livro Pernambuco, jardim de baobás
Quando: 14 de agosto, a partir das 18h
Onde: Canal da Fundaj no YouTube (https://bit.ly/3jReal5)
Participantes: presidente da Fundaj e escritor, Antônio Campos e o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj, escritor e jornalista, Mario Helio Gomes.
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