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Otto é o próximo entrevistado de projeto pernambucano que analisa música brasileira

O projeto pernambucano O Que Cresci Ouvindo, idealizado pelo pesquisador pernambucano Ivan Lima foi uma das iniciativas culturais desengavetadas durante o período de isolamento social decretado para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. No Instagram (@oquecresciouvindo), o pesquisador comenta discos da música brasileira à luz de seus contextos históricos e também bate papo sobre referências musicais com artistas, jornalistas e pessoas ligadas ao universo da música.

Nesta quarta-feira (10), às 19h, o novo entrevistado será o cantor Otto. O artista vai compartilhar um pouco sobre a sua trajetória musical, referências e sonoridade particular e plural presente em seus sete discos. O projeto O Que Cresci Ouvindo já contou com convidados como Odair José e Chico César, falando sobre seus discos Odair José, de 1973, e Aos Vivos, de 1995, respectivamente. Também estiveram presentes os músicos China, Juliano Holanda e Fernando Catatau em papos sobre referências musicais. 

Entre os álbuns já abordados nas discussões da página, estão Alucinação (Belchior, 1976), Saudade do Brasil (Elis Regina, 1980) e Lado B Lado A (O Rappa, 1999). Nos vídeos, a produção musical dos álbuns é costurada com a trajetória do artista em questão, e fatos históricos relevantes. "Acredito que não se entende o Brasil sem conhecer a sua música e não entendemos nossa música se não conhecermos a História do Brasil. A ideia do projeto é conversar exatamente sobre essa relação entre a música e a história do Brasil por meio de comentários, curiosidades e reflexões sobre discos, artistas e movimentos musicais”, explica Ivan Lima.

A página O que Cresci Ouvindo, foi criada por Ivan há um pouco mais de um mês, influenciada pela sua paixão pela música. "Sou apaixonado pela música brasileira desde que me entendo por gente. Já descobri muita coisa incrível no ritual de tocar nos discos, ouvir músicas com encartes, ler fichas técnicas e agradecimentos. Começou como curiosidade e, quando vi, já tinha quase 2 mil CDs”, conta o pesquisador. Atualmente, Ivan cursa doutorado na Universidade do Porto (Portugal), com projeto que relaciona canto de intervenção e música de protesto nas ditaduras portuguesa e brasileira. 

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