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Morre Valdi Coutinho, jornalista e precursor do Baile dos Artistas, aos 77 anos

Publicado em: 14/04/2020 16:23 | Atualizado em: 14/04/2020 19:17

Na foto, Valdi Coutinho conta sua trajetória de vida no documentário biográfico Múltiplo Valdi. (Foto: Divulgação)
Na foto, Valdi Coutinho conta sua trajetória de vida no documentário biográfico Múltiplo Valdi. (Foto: Divulgação)

Morreu no início da tarde desta terça (14), o jornalista pernambucano e precursor do Baile dos Artistas, Valdi Coutinho, aos 77 anos. De acordo com o sobrinho de consideração do jornalista, José Félix de Souza, que esteve em sua casa na ocasião, foi uma morte natural. "Depois de almoçar com dificuldade, ele deitou para descansar e nos deixou. Sem sofrimento, como ele queria que fosse. Ele não queria sofrer em cima de uma cama", contou. Na noite anterior, Valdi chegou a ter um princípio de febre. Na manhã desta terça, ele apresentou uma melhora, mas faleceu no início da tarde. Valdi tinha histórico de diabetes e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Informações sobre o velório e enterro ainda não foram divulgadas.

Jornalista, cronista esportivo, crítico, professor de teatro, encenador, ator, dramaturgo, escritor, pintor e carnavalesco, Valdi é dono de uma vasta produção artística. Boa parte de sua carreira foi no Diario de Pernambuco, dividindo a vida entre as quatro maiores paixões: teatro, jornalismo, carnaval e futebol. Coutinho também foi precursor do Baile dos Artistas, que sempre se localizou no cenário do carnaval pernambucano como um amplo espaço receptivo para o público LGBT.

 
Em janeiro deste ano, Valdi Coutinho teve sua trajetória contada no documentário Múltiplo Valdi, lançado no festival Janeiro de Grandes Espetáculo, no Recife. O filme, dirigido e roteirizado por Rafael Coelho, reúne depoimentos biográficos e relatos de pessoas que trabalharam com o jornalista na redação do Diario, onde esteve por 20 anos.

"O jornalismo faz esse meio-campo com o teatro. Ao mesmo tempo em que ele estava atuando como jornalista, estava sendo um articulador da cena local. Ele conseguiu realizar uma difusão da cultura. Tinha um papel de formação muito singular”, contou o diretor. Durante a produção do filme, em meados de 2017, Coutinho sofreu um AVC e as gravações precisaram ser adiadas por seis meses. Recuperado, o jornalista esteve presente na estreia do documentário.

Assista o documentário:

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