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Completando 35 anos, Studio Ghibli leva seu universo singular à Netflix

Um total de 21 filmes do celebrado estúdio integram a programação da Netflix.

A história do estúdio começa antes de 1985, quando os animadores Hayao Miyazaki e Isao Takahata se conheceram na produção do anime Heidi. Do processo de produção bem-sucedida do anime, veio uma relação duradoura, que contou com integração de Toshio Suzuki na equipe. Foi no lançamento do filme Laputa: O castelo no céu, longa ambientado em um futuro pós-apocalíptico, que a colaboração, já como estúdio, conquistou um público de 775 mil expectadores, além do sucesso de bilheteria e crítica.

Totoro acabou se tornando o mascote dos estúdios.

Os dois trabalhos delimitam experiências, são lúdicos, imaginativos e extremamente críticos à guerra, em um tom que se firma em toda produção do Studio Ghibli e torna essas as obras instigantes independente de faixa etária. Além de, é claro, transpor para o universo das animações, narrativas extremamente humanas e pessoal, de um país que foi massacrado pela guerra e representado pelo ocidente, através da alteridade, de forma muito fria e distante.

A viagem de Chihiro consagrou o Studio Ghbili com um Oscar de Melhor animação.

A história acompanha a garotinha Chihiro, que está triste após a mudança para outra cidade. De forma inesperada, a menina adentra uma jornada em um universo desconhecido, marcadamente espiritual, entre o se reconectar com si e o se tornar uma nova pessoa. Essa dualidade entre passado e renovação diz muito também sobre o próprio processo do Japão pós-guerra, tema também presente nos próprios visuais e simbologias do filme. Aliás, um visual potente, extremamente onírico e exuberante, que está sempre dialogando de forma excepcional com a jornada e estado mental da protagonista.

San é um dos exemplos da diversidade de protagonistas femininas do estúdio japonês.

MIYAZAKI
Um dos nomes principais da casa criativa Studio Ghibli é justamente Hayao Miyazaki. Um dos membros fundadores do estúdio, ele ajudou a “dar a cara” das animações, escrevendo e dirigindo filmes pautados no pacifismo e tensionando os universos da natureza (tradição) e tecnologia (modernidade). Miyazaki também costuma trabalhar com muitas personagens femininas, que surpreendem por sua diversidade de personalidade. Na sua filmografia estão clássicos como O castelo no céu (1986), Meu vizinho Totoro ou Meu amigo Totoro (1988), A viagem de Chihiro (2001) e Vidas ao vento (2013).

Calendário do Studio Ghibli na Netflix:
Disponíveis desde 1º de fevereiro
  • O castelo no céu
  • Meu amigo Totoro
  • O serviço de entregas da Kiki
  • Memórias de ontem
  • Porco Rosso: O último herói romântico
  • Eu posso ouvir o oceano
  • Contos de Terramar
Disponíveis desde 1º de março
  • Nausicaä do Vale do Vento
  • Princesa Mononoke
  • Meus vizinhos, os Yamadas
  • A viagem de Chihiro
  • O reino dos gatos
  • O mundo dos pequeninos
  • O conto da Princesa Kaguya
Estreias em 1º de abril
  • Pom Poko: A grande batalha dos guaxinins
  • Sussurros do Coração
  • O castelo animado
  • Ponyo - Uma amizade que veio do mar
  • Da colina Kokuriko
  • Vidas ao vento
  • As memórias de Marnie 
Sugestão - Cinco essenciais para começar
  • A viagem de Chihiro
  • O castelo animado
  • Meu amigo Totoro
  • Princesa Mononoke
  • Vidas ao vento

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