Viver

Pernambucano Fred Caju leva publicações independentes para Bienal; Confira entrevista

Foto: Jan Ribeiro/Divulgação

Foto: Jan Ribeiro/Divulgação

Dentro de um momento em que impera uma lógica da tecnologia e internet, que vai aos poucos abandonando o analógico, queria saber qual a força do livro, como objeto carregado de afeto e narrativas? 
Pensando nesse cenário, eu não deixei de atuar no virtual, mantenho o livro físico e o digital disponíveis. Acho importante ter os dois formatos, porque eles podem coexistir. Minha perspectiva é mais usar recursos diversos para pensar o livro fora do que se espera. Não estou muito interessado nos leitores que fetichizam o livro, não tenho nada contra, mas não é o que eu procuro comunicar. Até porque o livro é a busca pela conservação de algo e eu já fiz livro com casca de ovo, para o material orgânico, aos poucos, deteriorar o livro. Minha intenção é com a narrativização do livro.
 
Você, como editor e artista independente, como se sentiu diante do episódio de censura na Bienal do Rio? 
O ridículo já é esperado, não me espanta. Mas ninguém vai dar um passo atrás, porque a gente vai enfrentar simplesmente fazendo o que acredita. Eu não vou recuar por causa de uma narrativa delirante construída nos últimos anos. Não acredito nem que resistência seja a melhor palavra, porque as pessoas resistem contra algo maior. O que está acontecendo é minúsculo diante do que a gente construiu.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...