O escrito Paulo Coelho afirmou nesta quarta-feira (23), através das suas redes sociais, que sabia sobre a possibilidade do cantor Raul Seixas entregá-lo para os militares na época da ditadura. "Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo", escreveu o escritor no Twitter.
Fiquei quieto por 45 anos. Achei q levava segredo para o túmulo https://t.co/cupAZFR4hW
— Paulo Coelho (@paulocoelho) 23 de outubro de 2019
Na postagem, Paulo mencionou uma reportagem da Folha de São Paulo que conta que o livro 'Não Diga que a Canção Está Perdida', do jornalista Jotabê Medeiros, expõe um documento que sugere a cooperação de Raul Reixas, morto há 30 anos, com os militares. O livro está com lançamento previsto para o dia 1º de novembro deste ano.
Segundo o exemplar, o caso ocorreu no mês de maio de 1974, momento em que Raul Seixas e Paulo Coelho desfrutavam do sucesso de “Krig-ha, Bandolo!”, primeiro álbum solo do cantor e compositor brasileiro e que possuía mais de 100 mil cópias vendidas.
O autor da obra afirma que Raul teria sido convocado para dar um depoimento no Dops, o Departamento de Ordem Política e Social da ditadura militar. O cantor pediu para um amigo lhe acompanhar e lhe ajudar a dar explicações sobre as músicas que teriam sido feitas em parceria.