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O mergulho solo do pernambucano Rogério Samico

Publicado em: 23/09/2019 15:42 | Atualizado em: 16/10/2020 23:38

Rogério Samico.  (Foto: Quânticos Criativos/Divulgação)
Rogério Samico. (Foto: Quânticos Criativos/Divulgação)


O multi-instrumentista pernambucano Rogério Samico começou cedo na música, tocando baixo aos 12 anos na banda Play Damião, formada ao lado do irmão Rodrigo Samico. Desde então, participou de cerca de 20 projeto musicais, com destaque para o grupo Marsa e as bandas de Jam da Silva e Lula Queiroga. Somente agora, aos 32 anos, lançou seu primeiro álbum solo. Samico, que está disponível nas plataformas digitais desde 30 de agosto, aposta em uma sonoridade leve, que reflete a própria personalidade artística do intérprete.

"É um desejo antigo, que foi sendo alimentado a partir do momento em que comecei a compor", diz Rogério, em entrevista ao Viver. "Adoro cantar. O canto, na verdade, é o que mais incentivou a criação do álbum." O disco foi surgindo há quatro anos com composições soltas. Algumas músicas surgiam de batidas aleatórias que se transformavam em melodias e arranjos.

O projeto contou com coprodução de diversos nomes na música alternativa pernambucana, como Barro, Jam da Silva, Gleison Nascimento, Thiago Martins e Igor de Carvalho, além da artista francesa Mozzaika. Nas participações especiais, Gilú Amaral (percussões), Moab Nascimento (trombone), Márcio Oliveira (trompete), Carlos Amarelo (percussões), Marcelo Cebukin (sax), Luccas Maia (baixo, sintetizador, teclados, guitarras e vocais), Lucas dos Prazeres, Sue e Surama Ramos (coro).

 (Foto: Quânticos Criativos/Divulgação)
Foto: Quânticos Criativos/Divulgação


Além dos músicos, outro fator que influenciou o disco foi um período no qual o músico trabalhou em Luanda, capital da Angola, como diretor de arte em uma agência de publicidade. Chegou a produzir jingles em parceria com artistas como o icônico cantor de semba Mamukueno, o romântico Anselmo Ralph, a cantora pop Yola Semedo e o rapper Yanick Afroman. "Eu conhecia muito pouco da música africana, que é muito forte. A minha escola era muito mais americana, até pouco brasileira. Tive que conhecer a África para me conectar mais até com a música pernambucana. Quando voltei, isso já estava enraizado. Muita gente diz que voltei tocando diferente."

No álbum, Rogério é responsável por cordas e teclas, além dos vocais. A pegada rítmica aposta em uma sonoridade terapêutica, de conforto e calma. “É sobre olhar para dentro de si e perceber que a melhor escuta é de olhos fechados”, define. “Foi algo completamente natural também. Até por levar meu sobrenome, o álbum é muito o que acredito por forma de vida mesmo. Eu, naturalmente, sou uma pessoa mais calma”, explica. "As coisas surgiam de forma mais calma, quando estava descansando, ou quando procurava tranquilidade. Tem muito esse olhar para dentro mesmo. Escutar o que é melhor para você neste momento. É um mergulho pessoal, para dentro de mim mesmo."

O show de estreia foi no dia 6 de setembro, no Teatro Apolo, depois de uma noite de lançamento na loja Passa Disco, no dia 31 de agosto. Acompanhado por Ricardo Fraga (bateria e samples) e Marina Silva (baixo, sintetizador e vocais), ele também apresentará o repertório no festival REC’n’Play, no Recife Antigo, em 4 de outubro.

Ouça o disco:

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