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Cine PE 2019: Ficção fantástica e suspense foram destaques da quarta noite

Felipe Leibold, diretor do longa-metragem carioca Um e Oitenta e Seis Avós. Foto: Felipe Souto Maior/Divulgação

Seguindo o mesmo tom sombrio, o pernambucano Casa Cheia, de Carlos Nigro, fala sobre esquecimento e abandono. Júlia, personagem da animação Só Sei Que Foi Assim, de Giovanna Muzel, sente as partes do seu corpo se despedaçando diante de sua rotina. E até no poético Vinillis Frutiferis, um jornalista é levado ao interior do Espírito Santo por uma misteriosa safra de árvores cujos frutos são discos de vinil.

Também é enigmático o longa-metragem carioca Um e Oitenta e Seis Avós, do diretor estreante Felipe Leibold. O drama tem como ponto de partida um estranho diagnóstico do desaparecimento de órgãos, como rins e pulmões, de sua personagem principal.

A atração pelo mistério é tão perceptível que até mesmo os discursos de apresentação das produções foram pautados pela máxima do "menos é mais" - talvez pelo fato de um mesmo filme ser consumido de diferentes formas por cada expectador, mas principalmente porque a melhor sinopse para cada uma das películas exibidas seria assistí-la e tirar suas próprias conclusões. O próprio material de divulgação das produções pouco explicava, mas foi suficientemente instigante para lotar novamente o cinema.

NOITE DA QUINTA-FEIRA

Na noite desta sexta-feira (2), o festival dá continuidade a sua programação a partir das 19h30, com a exibição do curtas Epigramas, S/N (Sem Número), Tommy Brilho, Vivi Lobo e o Quarto Mágico, À Margem do Universo, 3x Melhor, Lembra e O Mistério da Carne. Em seguida, o Cine PE exibe o documentário em longa-metragem Espero Tua (re)volta, de Eliza Capai. As entradas são gratuitas.

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