A narrativa de Martelada foi construída após andanças do diretor e ator Cláudio Ferrario por quatro cidades da Zona da Mata Norte de Pernambuco, e faz uma viagem abstrata inspirada nas três vezes em que o Mestre Martelo, o Mateus do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado, afirma ter ido ao inferno. O personagem é um velho guardador de mistérios, contador de histórias, filósofo da existência, que recebe em sua casa visitantes interessados em ouvir seus "causos".
"Em tempos de repressão, cabe à arte colocar-se como instrumento de resistência. Fazer teatro no Brasil sempre foi um ato de resistência e agora mais do que nunca. Sem nenhum incentivo ou apoio, Martelada nasce, portanto, antes de tudo do desejo de resistir”, diz Cláudio Ferrario em comunicado à imprensa.