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Lançamento de O Rei Leão ocupa quase metade dos cinemas do Brasil

Publicado em: 18/07/2019 10:51 | Atualizado em: 18/07/2019 11:34

O filme estreia nessa quinta (18). Foto: Disney/Divulgação
 
As adaptações de suas animações clássicas em live action deram à Disney uma série de sucessos de bilheteria nos últimos anos, como Mogli: Entre dois mundos ou os recentes Dumbo e Aladdin. Mas a nova versão de O rei leão, que estreia nesta quinta-feira (18), representa uma aposta ainda maior. Com um orçamento de US$ 250 milhões (R$ 940 milhões) e um impressionante elenco de vozes, incluindo Beyoncé e Donald Glover, as expectativas são grandes para esse filme que volta a contar a história do jovem leão Simba, que deverá vingar a morte de seu pai para se tornar o rei da savana africana.
 
O lançamento no Brasil vai ocupar 1.600 salas, segundo as estimativas da Disney. Isso representa quase 50% do circuito exibidor do país, com suas atuais 3.356 salas. O último filme que ocupou um número tão grande de salas foi Vingadores: Ultimato (2019), que chegou a ficar com 80% das salas de cinema brasileiras.
 
Embora tenha sido quase inteiramente gerado por computador, o novo O rei leão não é um filme de animação 3D convencional. O diretor Jon Favreau conta que usou uma nova técnica, na qual uma equipe tradicional trabalhou em um mundo virtual em três dimensões. O processo exigiu que produtores e atores utilizassem capacetes de realidade virtual para "entrar" em uma savana artificial, como num videogame, para filmar cenas ou apenas olhar versões brutas das aventuras de Simba e seus amigos.
 
"A equipe colocava seus capacetes, explorava o meio ambiente e podia instalar as câmeras dentro da realidade virtual", disse Favreau. Esse método encantou JD McCrary, que empresta sua voz ao jovem Simba. "Colocamos os capacetes e tínhamos uma espécie de controle remoto nas mãos. Podíamos ver tudo – as terras do reino, a pedra do rei. Vi tudo, foi ótimo", disse o ator.
Para trabalhar em um set de filmagens virtuais, não é necessário nenhum conhecimento específico sobre efeitos visuais. As imagens geradas foram enviadas para Londres, onde foram processadas por uma empresa de efeitos visuais.

Os documentários do cineasta britânico David Attenborough sobre a natureza também foram uma referência para o filme. O remake procura chamar a atenção do público desde o início com impressionantes "cenas" de antílopes e zebras galopando pela savana. Ao contrário do desenho original, os rostos dos animais nesta nova versão são realistas e não se assemelham aos dos humanos.

Para Favreau, é importante que o filme dê "a ilusão de ser um documentário naturalista". "Vimos todos os documentários de Attenborough na BBC e percebemos como a emoção poderia ser expressa sem representação humana", disse. Outra ruptura com a tradição: os atores que emprestaram suas vozes aos personagens, e que geralmente falam sozinhos em cabines, gravaram juntos no palco, o que lhes permitiu improvisar. Foi assim que a célebre cena em que Simba aprende a filosofia de Hakuna Matata foi recriada.

Seth Rogen, a voz do javali Pumba, achou "incrível" que lhe pedissem para improvisar "no que é provavelmente o filme mais incrível, tecnologicamente falando". O remake do sucesso de 1994 segue meticulosamente a história do primeiro filme. As músicas Círculo sem fim e O que eu quero mais é ser rei voltam iguais. Os compositores Hans Zimmer e Lebo Morake voltaram a trabalhar juntos, e Elton John e o letrista Tim Rice fizeram uma nova música. (AFP)
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