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FIG 2019: Shows energéticos e réplicas às críticas ao Nordeste marcam o sábado

Zélia Duncan realizou sua apresentação no Festival e Inverno de Garanhuns e Duncan não deixou passar manifestações políticas. Foto: Fundarpe

Diferente da sexta-feira (19), a noite começou pontualmente, com o show da pernambucana Amanda Back. Em seguida, a Banda de Pau e Corda apresentou seu repertório de 47 anos de estrada - 46, contando a partir do primeiro álbum. Vivência, Arruar e Flor D’água e Redenção foram algumas das músicas apresentadas. Em junho, lançaram um álbum para comemorar o aniversário da trajetória. “Estamos divulgando esse show em várias cidades do Brasil. Em festivais, temos um tempo bem menor, então condensamos de acordo com as as características do palco. Mas em geral, é um show representativo de banda”, disse Alexandre Baros, baterista do grupo, em coletiva após o show. 

A paulista Mariana Aydar subiu no palco às 22h, se dizendo emocionado por estar tocando na terra de seu mestre: Dominguinhos. Foi a ele que a artista dedicou o show. Neste ano, ela tem lançado, aos poucos, um conjunto de quatro EPs chamados de Veia Nordestina. O projeto tem como mote uma renovação estética do forró, tornando-o mais pop sem abandonar as raízes. No show, já começou animando o público com Lamento Sertanejo, clássico de Gilberto Gil com Maria Bethânia. 

Os traços desse forró moderno e ousado estavam estampados também na roupa da intérprete, um látex de azul turquesa metálico com adereços de estética “cangaceira” na cintura. Após cantar Te faço um cafuné, de Dominguinhos, Mariana proferiu um discurso crítico aos recentes comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre os nordestinos. 

Foto: Fundarpe

Barão Vermelho, última atração confirmada na programação do Palco Dominguinhos, encerrou o show com uma sequência de clássicos. Foto: Fundarpe

Momentos antes do show, em coletiva de imprensa, o grupo adiantou algumas informações sobre o novo disco, o primeiro desde que a banda voltou após hiato de cinco anos. “O projeto está atento ao que está acontecendo no país e no mundo. Terá colaboração de rapper, de uma cantora, pois estamos querendo dar voz à diversidade. Isso é necessário por esse momento ruim, complexo e de crise, que está mirando na cultura e na educação. Temos que falar”, disse o tecladista Maurício Barros, um dos fundadores do grupo. 

A banda encerrou com uma sequência de clássicos: Exagerado, Maior Abandonado, Pro Dia Nascer Feliz e O Tempo Não Para, que soou assustadoramente atual naquela noite. Visivelmente emocionados, os integrantes do grupo agradeceram ao FIG e pediram para que as pessoas apoiassem o retorno do Barão. “E muito obrigado a vocês nordestinos por terem tenta ocidentais com o resto do país”, finalizou o vocalista Rodrigo Suricato.

O FIG continua neste domingo (21), com uma das grade “girl power”, uma mais aguardadas desta edição: Karina Bhur, Céu e Letrux prometem fazer Garanhuns vibrar com seus sucessos alternativos.

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