Viver

Espetáculo de dança contemporânea em cartaz no Recife reflete sobre traição

O roteiro foi baseado no artigo científico de João Vidal. Foto: Fernando Azevedo/Divulgação

O roteiro foi baseado no artigo científico de João Vidal, professor com especialização em bioenergética que fala sobre o “corpo traído”, como o ser humano tem desejos que interligam mente e corpo. No palco, a história acontece em dois tempos, ambas abordando histórias de duas mulheres casadas, que se envolvem com amantes, principalmente em decorrência de cotidianos e rotinas. A cada ato, bailarinos viajam por todos os sentimentos que permeiam as personagens, como amor, paixão, raiva, dor e angústias. Tudo isso proveniente de um mesmo ato: a traição.

“Por se passar em duas temporalidades diferentes, a mulher da atualidade (Lidiane Bérgamo) fica assustada com tudo que a outra (Aline Firma) viveu, 100 anos antes. O elo entre as duas é um jornal antigo. A personagem do nosso tempo tenta viver de uma forma diferente, para viver tudo o que a outra não viveu. Fazemos essa brincadeira com o tempo, que acaba contando uma história totalmente diferente, mas, ao mesmo tempo, igual em alguns aspectos”, diz o pernambucano Hygor Figueiredo, diretor-executivo do espetáculo.

Foto: Fernando Azevedo/Divulgação

“Na época da estreia, os feedbacks foram ótimos”, continua Hygor. “Foi elogiado por ser um espetáculo bastante pernambucano, ao mesmo tempo diferente do tradicional. O público, principalmente as mulheres, se sentem incluídas. Se identificam com as músicas, as histórias. Os homens começam a enxergar a traição de uma forma diferente. A peça toca no ponto de que a traição existe, levando as pessoas a questionarem se perdoariam porque amam.”

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...