Universal Music enfrenta processo pela perda de gravações originais
Por: FolhaPress
Publicado em: 25/06/2019 16:28
A ação judicial foi movida pelas bandas Soundgarden e Hole e por representantes do rapper Tupac Shakur e do cantor Tom Petty, ambos já mortos. A destruição do material foi revelada, no último dia 11, por uma reportagem do jornal The New York Times.
Na época do incêndio, a empresa disse que o fogo tinha apenas destruído o parque temático do filme "King Kong" e cópias de trabalhos antigos. Os advogados representantes afirmam que a Universal arquivou as fitas masters em um "depósito inadequado" dentro do prédio da gravadora.
Eles acusam a gravadora de "ocultar a perda com declarações públicas enquanto buscava um acordo de confidencialidade com a Universal Studios". Uma master é a gravação original única de uma peça musical. Por isso ela é tão importante: é a fonte a partir da qual discos de vinil, MP3s e todas as outras gravações são feitas.
Ela é a base para reedições lucrativas de obras de artistas musicais. Os artistas alegam que têm direito a pelo menos metade dos pagamentos de seguros recebidos pela perda das fitas masters, que poderia ter um valor estimado em, pelo menos, US$ 150 milhões.
Lucian Grainge, que assumiu a presidência da empresa três anos após o incêndio, emitiu uma nota dizendo que a Universal deve "transparência" a seus artistas. "Isso aconteceu há 11 anos e as manchetes recentes são apenas barulho", disse Arnaud de Puyfontaine, diretor executivo da Vivendi, proprietária do Universal Music Group, em entrevista à revista Variety.
De acordo com a reportagem do New York Times, um relatório confidencial da gravadora estimou uma perda de cerca de 500 mil masters, entre discos e arquivos de computador. Originais de Nirvana, Eric Clapton, Ray Charles, B.B. King, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Tupac Shakur e Aerosmith estariam entre o material destruído.
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