Na tarde deste domingo (19), o Recife Antigo será palco de mais uma edição do A.S.E. (Aproximar, Significar e Empoderar), realizado pela Feira Quilombar de Arte Negra. O evento contará com palestras, oficinas, apresentações culturais e diversos expositores na Rua Domingos Martins, a partir das 13h. A atividade é referência no Brasil no que se refere à divulgação da estética, da cultura e da ancestralidade afro. Entre as atrações estão o Maracatu Várzea do Capibaribe, o grupo Bongar e o projeto ‘Afoxé Retrô’.
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Feira Quilombar leva cultura e empreendedorismo afro ao Recife Antigo, neste domingo
A partir das 16h30, o músico Thúlio Xambá irá apresentar o projeto 'Música para a boa idade’, que busca divulgar os ritmos populares e proporcionar a interatividade com o público. “O experimento mexe com o corpo e a voz, trabalhando sobretudo o improviso”, conta o afroempreendedor Jamesson Santos, um dos organizadores do encontro. A atividade terá uma hora de duração. Em seguida, entra em cena o Maracatu Várzea do Capibaribe, entoando a musicalidade e os movimentos do maracatu de baque virado (Nação).
Desde 2016, o grupo vem apresentando a ação de forma itinerante com a intenção de promover o empreendedorismo entre os artistas negros, bem como defender a cultura e a ancestralidade o ano inteiro. A expositora Ninha Meneses, uma das organizadoras, conta que somar, resistir e empreender são as três palavras que conduzem o grupo. “Estabelecemos um espaço de fala e abrimos oportunidades para os artistas ocuparem os espaços através da música, do diálogo e da dança”, explica. A mostra está presente em vários eventos da Região Metropolitana do Recife. Ela é pioneira no Nordeste em apresentar um espaço organizado para a comercialização de produtos exclusivamente afros. O A.S.E., que significa "Aproximar, Significar e Empoderar" é um dos braços do grupo e promove diversas atividades.
A artista plástica Kátia Reis, que participa pela primeira vez, conta que já vinha acompanhando as movimentações do grupo há muito tempo. “Eu já conhecia a feira através das redes sociais e já estive presente em algumas edições. Admiro muito a integridade do projeto e a seriedade em relação à luta contra o preconceito”. Ela disse que já sofreu muita discriminação por enaltecer as divindades africanas em suas obras e foi justamente na atividade que encontrou motivações para resistir. “O projeto Quilombar não é apenas uma mostra de artesanatos, mas um encontro que proporciona diversas aprendizagens. Eu busco unir forças contra as discriminações”, reforça.
Além de Ninha (Aflorar), Jamesson (Africool) e Kátia Reis (Moda Afro), estarão no evento os artistas Turbantes e brincos Negra Dany, Mianzi, Krioule art's Aya moda étnica, Afefe Oyá, Aguemon, Nega e Arte, Adelson Boris e Ateliê mãos de fadas. Haverá também uma exposição das camisas do artista Paulo Rama, que enaltecem a diversidade e o empoderamento feminino.