Nesta segunda, os foliões olindenses seguidores e simpatizantes das religiões de matriz africana e indígena poderão aproveitar o “Bloco dos Catimbozeiros”. A festividade, que está na sua primeira edição, tem a intenção de levantar o enfrentamento ao racismo e a intolerância religiosa nas ladeiras do Sítio Histórico. A saída será às 12 horas, na Casa das Matas do Reis Malunguinho, no Largo do Amparo. Ele será acompanhado pelo Maracatu Nação do Reis Malunguinho e o Calunga Gigante da entidade.
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Bloco dos Catimbozeiros leva o encanto da Jurema para as ruas de Olinda
A saída será às 12 horas, na Casa das Matas do Reis Malunguinho, no Largo do Amparo
A tradição da Jurema e do candomblé tem como uma de suas importantes práticas os rituais preparatórios para o carnaval, sendo assim, todas as manifestações de cultura popular que estejam ligadas ao sagrado afro indígena, cumprem um severo ritual comprometido com as entidades e divindades dos panteões religiosos dessas duas tradições.O juremeiro e pesquisador da história da religião de matriz indígena em pernambuco, Alexandre L’Omi L’Odò, explica que a intenção do evento é dar voz ao povo de terreiro no carnaval pernambucano. “Esses ritos pedem proteção, paz, segurança, livramento de tudo que é de ruim nos dias de Momo. Então, temos nas ruas, abertamente, contatos com símbolos e objetos sagrados, preparados para cumprir a missão de defesa e prosperidade para os blocos, agremiações, maracatus, afoxés, bois, la ursas, etc”, explica.
Foi justamente para mudar essa visão preconceituosa, que Alexandre decidiu montar o bloco com a expertise de quem organiza todos os anos o Kipupa Malunguinho. “Queremos tirar o olhar errôneo que muitos têm sobre nós. Por isso vamos para as ruas para levar alegria, fumaça, fé e proteção para o carnaval. Com muito catimbó, coco, maracatu e a presença ilustre do Calunga Gigante do Reis Malunguinho”, concluiu.