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Studio de Danças celebra 40 anos no Recife com balé clássico de Dom Quixote

Com coreografia baseada na montagem original, a peça tem a direção artística de Jane Dickie

Baseado na história de Dom Quixote, um espetáculo de dança será encenado em comemoração aos 40 anos de atuação da tradicional escola de balé clássico do Recife, a Studio de Danças. Dirigido por Ruth Rozenbaum e Lúcia Helena Gondra, a companhia apresenta nesta segunda-feira (10), a partir das 19h30, a montagem que encerra as comemorações de quatro décadas de ensino da dança. O evento será realizado no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.

A peça se concentra apenas na dança e a narrativa se desenvolve utilizando como base a famosa história. “A escola é voltada para o balé clássico, então, nada melhor do que escolher uma das grandes peças para celebrar os 40 anos”, conta Rozenbaum. Clássico da literatura mundial, também considerado o primeiro e mais importante romance moderno da literatura, Dom Quixote preenche os palcos da dança em um clássico balé de repertório. Fonte de inspiração para o coreógrafo russo Marius Petipa, a obra foi criada para o Ballet Bolshoi em Moscou em 1869, com música especialmente composta pelo inglês Ludwig Minkus (1826-1917), que é utilizada em produções apresentadas até hoje.

Com coreografia baseada na montagem original, a peça apresentada pelos bailarinos profissionais e alunos do Studio de Danças tem a direção artística de Jane Dickie. A narrativa se baseia em um episódio do segundo volume de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, e a ação se concentra na intervenção do engenhoso fidalgo, priorizando o casamento por amor em detrimento do casamento por interesse. “É uma história muito bonita de amor impossível e tornamos isso uma peça alegre e brilhante”, justifica Rozenbaum.

A história será contada em três atos, com duração de 1h30 de dança, além de dois intervalos de 15 minutos. Interpretando os personagens principais, o ator convidado Rogério Alves, no papel de Dom Quixote, e os bailarinos Carol Paiva (Kitri), Dayvison Albuquerque (Basilio), Matheus Martins (Espada), Jeanne Freitas (Mercedes), Isabela Loepert (Cupido) e Brenda Schettini, Isabela Loepert, Julia Franca e Talita Carvalho (as quatro amigas de Kitri).

TRAJETÓRIA
Sobre o ônus e bônus adquiridos pela companhia durante sua trajetória, a diretora afirma que os altos e baixos fazem parte do ofício. “Todo o trabalho que fazemos sempre tem uma parte boa e uma ruim. Então, 40 anos de luta não é brincadeira. Tivemos grandes momentos, trouxemos pessoas importantes para dar cursos e investimos para que os nossos dançarinos tivessem outras experiências”, relembra.

Segundo a diretora, a maior dificuldade encontrada nessas quatro décadas foi a falta de incentivo à cultura. “As pessoas não valorizam, mas é um trabalho como outro qualquer e é preciso que tenha comprometimento e investimento. A verba destinada para a área da cultura está defasada até no Sul e Sudeste do país”, reclama.

Serviço
Ballet Dom Quixote - Studio de Danças
Quando: nesta segunda-feira (10), às 19h30
Onde: Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem)
Quanto: R$ 40 (à venda na secretaria do Studio de Danças - Rua das Pernambucanas, 79, Graças)
Informações: (81) 3231-4884

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