Na mostra internacional, foram selecionadas produções de Israel, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Congo, Bélgica, Alemanha, Palestina, Estados Unidos e Colômbia. Na mostra nacional, participam obras de Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro. Os curtas foram selecionados por Janaina Oliveira, Mariana Souto, Rita Vênus e Fábio Leal, com coordenação de Luís Fernando Moura.
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Janela Internacional de Cinema do Recife anuncia curtas selecionados
Festival será realizado de 7 a 11 de novembro, no Cinema São Luiz e no Cinema da Fundação
"A seleção de curtas do Janela é guiada pelo desejo de iluminar filmes que nos parecem especiais e comunicar um ponto de vista sobre o cinema e sobre o presente. Nessa curadoria, buscamos reunir filmes já com carreira mais vistosa em festivais, que são excelentes e se apresentam como incontornáveis, e apostas, ruídos, obras dissidentes, às vezes mais radicalmente propositivas”, afirma Luís Fernando Moura, responsável pela coordenação da programação.
O festival é considerado uma das mais importantes mostras audiovisuais do país, com mostras competitivas de longas-metragens e curtas-metragens, programa de clássicos e seleções especiais, além da oficina Janela Crítica. Nesta edição, o festival terá duração menor que nos últimos anos, devido a uma readequação orçamentária. A programação completa será divulgada em breve. O festival Janela Internacional de Cinema do Recife é realizado pela CinemaScópio Produções Cinematográficas e Artísticas, com incentivo do Funcultura / Fundarpe, Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco e apoio da Prefeitura do Recife, Embaixada da França, Centro Cultural Brasil Alemanha (CCBA).
Sobre a linha curatorial diante do contexto político do País, Luís Fernando Moura conta: “É óbvio que estamos profundamente sensibilizados com as questões políticas do presente e a seleção de curtas deste ano é também, em particular, uma alternativa inevitável de tocá-las, seja de maneira explícita, seja pela força do sintoma, seja na suspeita de que há maneiras de escapar ou desviar que talvez possam reativar nossa imaginação coletiva. É uma seleção forte, para guardar na mente, despertar sonhos”.
De acordo com Moura, a política estará presente no festival através de produções variadas. “Tanto na mostra brasileira quanto na estrangeira, às vezes isso será figurado de maneira direta, pela ação dos corpos na rua e nas imagens, em contextos de deliberação, luta ou conflito, como em Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados, The Men Behind The Wall ou no quase inacreditável No Democracy Here. Outras, pela atenção à crônica do presente e à vida das pessoas, como em BR3, Palenque, Quantos Eram Pra Tá? ou Skip Day”, destaca o curador.
A seleção traz ainda obras que tratam do tempo, da memória e da nostalgia. “Há um trabalho muito expressivo com a fábula, com o futurismo, a viagem no tempo, a revisita criativa ao passado, a abertura de mundos paralelos, seja em Plano Controle, Retirada Para um Coração Bruto, Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno, Kaniama Show, My Expanded View ou Onward Lossless Follows. E há, enfim, preciosos ensaios que lidam com a melancolia, com a nostalgia, que especulam a memória e maneiras de existir, seja pela ficção, pela performance ou pelo filme de arquivo, como em Bup, NoirBlue, Inconfissões, Mesmo Com Tanta Agonia ou Screen”, detalha.
Confira os filmes selecionados:
Curtas Nacionais