O cineasta franco-polonês Roman Polanski chamou o movimento #MeToo de "histeria coletiva" e "hipocrisia", em uma entrevista para a edição polonesa desta semana da revista Newsweek. "Parece-me que é uma histeria coletiva, do tipo que acontece nas sociedades de tempos em tempos", disse o diretor de 84 anos.
Ele foi questionado sobre o movimento contra o assédio sexual no local de trabalho, antes de a Academia Americana do Oscar o expulsar em 3 de maio por uma relação sexual ilegal com uma adolescente de 13 anos em 1977.
Indagado se ele assiste aos filmes produzidos em Hollywood, Polanski não mede as palavras. Diz assiste "às vezes, mas eles são regularmente tão monstruosos que é difícil ir até o fim", afirma, antes de dizer que na Polônia "estamos fazendo coisas excelentes" no cinema e que, apesar de ver pouco, o que vê "costuma agradá-lo muito".