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Globo admite ausência de atores negros em nova novela: 'Temos uma representatividade menor'

Segundo Sol recebeu críticas por ter elenco majoritariamente branco, mesmo sendo ambientada na Bahia

Publicado em: 07/05/2018 08:57 | Atualizado em: 07/05/2018 09:13

A críticas começaram pela falta de atores negros entre os escalados para os personagens. Foto: João Cotta/Globo

A Globo se posicionou a respeito das críticas que vem recebendo sobre uma suposta falta de diversidade no elenco de sua próxima novela das nove, Segundo sol, ambientada na Bahia -  estado que ocupa o segundo lugar no ranking nacional com 76,3% autodeclarados pretos e pardos, de acordo com o IBGE. 

"De fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão", afirmou a emissora, em nota. No esclarecimento, a Globo ainda ressalta que "pelo fato de se passar na Bahia", a trama traz oportunidades para abordar as questões da diversidade, que "serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases".

Escrita por João Emanuel Carneiro, o folhetim tem direção geral de Maria de Médicis e direção artística de Dennis Carvalho. O elenco conta com nomes como Emilio Dantas, Giovanna Antonelli, Deborah Secco, Adriana Esteves, Vladimir Brichta, Fabrício Boliveira, Arlete Salles, José de Abreu e Roberta Rodrigues.

O posicionamento da emissora surgiu após o colunista Leo Dias ter publicado uma nota afirmando que o elenco da futura novela teria reclamado da falta de atores negros entre os escalados para os personagens - fato negado pela emissora na época. Alguns telespectadores também usaram as redes sociais para reclamar sobre a questão da representatividade. Não é a primeira vez que as novelas da emissora sofrem críticas deste tipo. Em 2016, Sol Nascente recebeu críticas por trazer poucos atores de origem nipônica à trama, que era focada na cultura japonesa.

Confira a íntegra da nota enviada pela Comunicação da Globo:

"Uma história como a de Segundo Sol, também pelo fato de se passar na Bahia, nos traz muitas oportunidades e, sem dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade, que serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases. As manifestações críticas que vimos até agora estão baseadas sobretudo na divulgação da primeira fase da novela, que se concentra na trama que vai desencadear as demais. Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente. De fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão."
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