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Boa Viagem: das praias aos palcos dos grandes espetáculos

Do Barreto Júnior ao Luiz Mendonça, Boa Viagem comporta três diferentes teatros para as mais diversas apresentações

Publicado em: 11/05/2018 08:00 | Atualizado em: 11/05/2018 18:46

O Teatro Luiz Mendonça possui uma caixa cênica reversível, que possibilita o funcionamento tanto para a área interna, quanto para o parque. Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR


Além das famosas praias, de bons restaurantes e dos maiores shoppings da cidade, a Zona Sul do Recife também é composta por três diferentes teatros que recebem diversas modalidades de espetáculos. O mais antigo da região é o Teatro Barreto Júnior, fundado em 1985. Era o famoso Cine-Atlântico e ganhou o nome que possui até os dias de hoje em homenagem ao ator pernambucano José do Rego Barreto Júnior, falecido em 1983. De acordo com Marcelino Dias, gestor do local, a programação é considerada eclética por abranger as mais diversas expressões artísticas. “Eu digo que esse teatro tem uma ‘cara de comédia’, mas isso não significa que todos os espetáculos apresentados nele são de humor.

Embora o nome seja de Barreto Júnior, ele não esteve envolvido na criação do teatro”, conta o gestor. Em novembro de 2014, o equipamento, que tem capacidade para 400 pessoas, fechou as portas por causa de problemas no sistema de refrigeração, e assim permaneceu por quase dois anos. “Por causa da maresia o desgaste acaba sendo muito grande. Mas, agora, temos uma manutenção constante feita por um departamento que está sempre atento para manter a casa em ordem”, garante. O Teatro Barreto Júnior voltou a funcionar em julho de 2016, após novas peças do ar-condicionado serem trazidas de São Paulo. O espaço é palco do projeto Quartas da dança, da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura do Recife, que serve como incentivo para as companhias de dança do estado. “A gente faz questão de atender a produção local e acredito que esse seja o nosso grande diferencial. Todo ano abrimos edital de pauta e recebemos espetáculos que se apresentam em temporadas de até dois meses”, diz Marcelino. No mês passado, os 20 anos do projeto musical Sonora Brasil foram comemorados gratuitamente no Barreto Júnior com apresentações dos grupos União Josefense (SC) e Coco de Tebei (PE).

O Barreto Júnior, fundado em 1985, tem uma programação considerada eclética. Foto: PCR/Divulgação


Já na Avenida Boa Viagem, o Teatro Luiz Mendonça, do Parque Dona Lindu, chama atenção de quem passa pela orla por sua estrutura projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O mais novo teatro municipal do Recife possui uma caixa cênica com um sistema reversível, que possibilita o funcionamento tanto para a área interna, com 587 lugares na plateia, quanto para a esplanada do parque, que suporta um público de mais de três mil pessoas.

"A parte interna tem o palco em formato italiano, mais tradicional. Já a parte externa é adequada para apresentações maiores, como eventos de Carnaval, São João e grandes shows”, explica o gestor, Ivo Barreto. Assim como no Teatro Barreto Júnior, os espetáculos apresentados no Luiz Mendonça também envolvem os mais diferentes perfis. “Nos últimos anos, a gente vem atendendo pedidos de escolas e academias do entorno do parque. Além das produções locais e nacionais, tanto de artes cênicas, quanto de músicas”, conta Ivo, sobre o equipamento cultural que recebe solicitações de pauta a partir de novembro de cada ano. O espaço conta ainda com seis poltronas para pessoas com baixa mobilidade, dez reservas para cadeirantes e uma sala que pode atender pessoas com deficiência visual através da audiodescrição. Segundo Ivo, há um projeto interno para 2019, que visa tornar os valores dos ingressos mais acessíveis. “É uma nova fórmula de edital para que as produções locais tenham mais espaço e a gente possa estipular um preço que seja mais viável para as pessoas com uma condição financeira mais baixa”, adianta.

Lançado em fevereiro de 2014, com a montagem O que o mordomo viu, o Teatro RioMar, localizado no interior do shopping homônimo, comporta eventos sociais, corporativos e culturais. “Nosso foco é empreender cultura, entretenimento, conhecimento e lazer, além de dar condições para a sociedade local dar vazão aos seus empreendimentos, tanto corporativos, quanto eventos de cunho cultural”, explica Carlos Konrath, presidente da Opus Promoções, empresa responsável pela gestão do teatro. 
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