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Após hiato de 8 anos, A Banda de Joseph Tourton lança novo disco

Instrumentistas recifenses voltam com sonoridade mais amadurecida

Publicado em: 31/05/2018 14:50

Grupo é formado por Diogo Guedes, Gabriel Izidoro, Pedro Bandeira e Rafael Gadelha. Foto: Flora Pimentel/Divulgação

Os encontros musicais que eram realizados em uma casa da Rua Joseph Tourton, no bairro da Tamarineira, em 2007, deram origem a um grupo de rock instrumental que ganhou o nome do lugar. A Banda de Joseph Tourton está de volta - após um hiato de 8 anos - com o segundo disco da carreira lançado hoje nas principais plataformas de streaming.

Quem escuta o novo trabalho dos recifenses e compara com o anterior consegue perceber uma sonoridade mais amadurecida, que se arrisca ao misturar metais com o jazz, sem deixar a psicodelia e o rock de lado. “Fizemos com bastante calma e tivemos a chance de experimentar vários sons até chegar ao resultado final. Uma questão notável é a presença marcante dos metais, arranjados pelo nosso parceiro Parrô Melo”, explica o guitarrista e flautista Gabriel Izidoro sobre o trabalho, que conta com participações de Chiquinho (Mombojó), Haley (ex-integrante da Burro Morto), Caio Lima (Rua) e do violoncelista italiano Federico Puppi.

As nove faixas autorais do álbum começaram a ser gravadas em 2012 e só foram finalizadas no ano passado. A morosidade se deu por causa dos diferentes rumos tomados por Diogo Guedes (guitarra, teclado e efeitos), Pedro Bandeira (bateria e efeitos), Rafael Gadelha (baixo) e Gabriel (guitarra, teclado, flauta e escaleta). “Durante esse tempo nos dedicamos aos nossos projetos pessoais, mudamos de cidade, de estado e tudo isso nos distanciou da banda, mas nunca deixamos de trabalhar nesse disco, apenas pisamos um pouco no freio”, conta Gabriel.

Assim como no disco de estreia, produzido por integrantes da Mombojó e lançado em 2010, o novo trabalho da Banda de Joseph Tourton é livre de título. “Nosso som dialoga com as pessoas de formas diferentes. Cada um tem um sentimento singular quando escuta as músicas. Por isso, não conseguimos chegar em um nome que defina ou aponte um norte”, pontua. Desde o primeiro CD, a banda vem mostrando que é possível fazer música instrumental de qualidade no Brasil. “Tivemos momentos bem legais com a banda. Um muito marcante foi tocar música instrumental psicodélica para um público de quase cinco mil pessoas em um Rec-Beat lotado bem no meio do carnaval do Recife”, relembra o guitarrista.

Além de explorar batidas que flertam com ritmos regionais e com o pós-rock, o quarteto tem como influência nomes como Hurtmold, Cidadão Instigado, Tortoise, RJD2, Rage Against the Machine e Kendrick Lamar.

Ouça o novo disco:

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