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Crítica: Novo Tomb Raider tem ótima protagonista mas peca por trama genérica

No papel de Lara Croft, Alicia Vikander interpreta personagem vivida anteriormente por Angelina Jolie

Publicado em: 15/03/2018 14:03 | Atualizado em: 15/03/2018 11:45

Personalidade da heroína é fiel ao conceito apresentado nos novos games da série. Foto: Warner Bros./Divulgação

Sexualizada e com personalidade pouco desenvolvida na maioria dos jogos da saga Tomb raider, a personagem Lara Croft passou por uma reformulação nos games há cinco anos, tendo o visual e narrativas atualizados. Essa é a principal fonte de inspiração para o reboot cinematográfico Tomb raider: A origem, que estreia hoje nos cinemas.

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Intitulado simplesmente Tomb raider, o game de 2013 mostrava Lara Croft como uma jovem inexperiente que se vê forçada a desenvolver os instintos de sobrevivência ao desembarcar para expedição arqueológica em uma ilha. Sem os trajes diminutos nem o corpo com proporções exageradas que marcaram a trajetória, a nova Lara não parecia imaginada para o deleite masculino e o roteiro, assinado pela escritora Rhianna Pratchet, explorava angústia, inseguranças e outras questões que traziam profundidade para a heroína.

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A ideia geral dessa visão atualizada é transposta para o novo filme, estrelado por Alicia Vikander. Ótima atriz e fã da série de videogames, a sueca ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2015 se sai bem no papel. Atlética e carismática, Vikander imprime atuação menos caricata do que a de Angelina Jolie nas adaptações anteriores (2001 e 2003). 

Menos calcado nos exageros que marcaram os filmes e parte dos jogos anteriores, Tomb raider: A origem se propõe, em certo ponto, a ser aventura mais realista. Os feitos da protagonista não parecem sobre-humanos. Ela se machuca e não parece imbatível, ainda que suas fragilidades nunca sejam encaradas como algo relativo ao gênero. A história, por outro lado, pende para tons mais fantásticos e aventurescos.

Dirigido por Roar Uthaug (A onda), o ponto alto do filme está na performance de Vikander e nas sequências em que o longa emula, muito bem, diga-se, as peripécias vistas nos videogames. Se o roteiro de Geneva Robertson-Dworet realiza, com eficiência, a tarefa de criar uma Lara humana e bidimensional, perde força ao conduzir a trama para algo genérico, com um vilão pouco convincente e conspirações no pano de fundo.

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