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Crítica: Continuação de Círculo de Fogo é boa diversão entre lutas de robôs e monstros

Originalidade no design de criaturas e bons efeitos visuais são marcas da franquia iniciada em 2013

Publicado em: 22/03/2018 11:05 | Atualizado em: 22/03/2018 12:16

Efeitos visuais impressionam, mas 3D acrescenta pouco à experiência. Foto: Universal Pictures/Divulgação

Robôs gigantes lutando contra monstros ainda maiores, deixando um rastro de destruição. Essencialmente, é disso que se trata Círculo de fogo: A revolta, continuação do filme de 2013, por sua vez, um filme com a mesma premissa. A descrição pueril poderia significar demérito e a repetição sinalizar falta de originalidade, mas a sequência, em cartaz a partir desta quinta-feira nos cinemas transforma aparentes defeitos em virtudes.

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O primeiro Círculo de fogo, dirigido por Guillermo del Toro – agora na função de produtor –, se destacou por fazer uma releitura ocidental de conceitos já amplamente explorados em animes (desenhos animados japoneses) e séries tokusatsu (gênero de produções live-action orientais como Godzilla e Ultraman). Com ótimos efeitos visuais, trilha sonora empolgante e design de criaturas bastante original, o título mostrou algo além de referências à cultura nipônica e estabeleceu um universo interessante, agora desdobrado como franquia.

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A revolta se passa em 2035, dez anos após os eventos do primeiro filme, quando a humanidade conseguiu eliminar a ameaça dos kaijus, monstros alienígenas que, como todas as boas criaturas de produções do gênero, buscavam destruir a vida na Terra. No ambiente de relativa calmaria, os jaegers, robôs colossais pilotados por humanos e criados para enfrentar a ameaça interplanetária, viraram uma espécie de força de vigilância, pronta para eventuais novos confrontos.

Nesse cenário, Jake Pentecost (John Boyega), filho de Stacker Pentecost, combatente que sacrificou a vida na luta contra os kaijus, leva uma vida bem diferente do pai, atuando no mercado negro de peças de jaegers. Durante tentativa de roubo desses artigos, ele esbarra em Amara (Cailee Spaeny), adolescente que também subtrai peças, mas com finalidade diferente: construir seu próprio robô. Pegos em flagrante, os dois recebem, como alternativa à prisão, a opção de se alistarem como pilotos dos guerreiros robóticos. E, sim, uma nova ameaça global surge pouco tempo após a dupla ingressar na brigada militar.

O diretor, Steven S. DeKnight, responsável por alguns episódios de séries como Smallville, Demolidor e Spartacus, se sai bem na estreia nos cinemas, entregando um bom entretenimento. O grande chamariz do filme é, de fato, o visual. Ainda mais apurados, os efeitos visuais impressionam pela qualidade e se sobressaem bastante em telas grandes como as das salas Imax ou XD. Dispensável, o 3D não traz grande ganho para a experiência, exceto maior profundidade em algumas cenas.

Ao mesmo tempo em que o longa-metragem não se propõe a ser algo muito além de um espetáculo visual de premissa quase ingênua, a trama não chega a ser infantil e pretexto apenas para embates absurdos. E ainda que não seja um filme de grandes diálogos ou intenso aprofundamento dramático, há desenvolvimento razoável dos personagens entre uma cena de ação e outra.

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